Tudo começa em Laystone - Londres no dia 12 de março de 1956, quando nasce o fundador do grupo Steve Harris. Inicialmente Harris queria ser baterista, influenciado por Keith Moon do The Who e John Bonham do Led, mas devido sua casa em East End (Londres) ser muito pequena e não ter espaço para uma bateria, Harris comprou um baixo Fender Precision. Desde então Harris começou a compor suas próprias músicas e chegou a fazer seu primeiro show com a banda Gypsy's Kiss, em 1973, com um toque de ironia na igreja de St. Nicholas, em Poplar - Londres, o show ocorrera devido a um show de talentos organizado por Dave Beazley, que futuramente se tornaria o mago dos efeitos e das luzes do Iron Maiden. Alguns shows depois a banda se acabou e o Harris entrou para a banda Smile.
O Natal de 1975 marca um dia especial para o heavy metal. A data entrou para a história como o dia oficial da fundação do Iron Maiden pelo baixista Steve Harris, que continua comandando a banda. Mas antes de se tornar a gigante que é hoje, a banda teve muita luta em seus primeiros dias, assim como o próprio Harris antes de decidir ter seu próprio projeto musical.
Nascido em Leytonstone, na Inglaterra, em 12 de março de 1956, Stephen Percy Harris tinha planos iniciais de tocar bateria. Porém, um kit simplesmente não caberia em sua casa, o que o fez migrar para o baixo.
Seu primeiro modelo foi uma cópia de um Fender Precision, comprado em 1971 por 40 libras esterlinas. Sem aulas, ele se transformou em um dos baixistas definitivos da história do metal de forma completamente autodidata. Com apenas 10 meses de prática no instrumento, Harris entrou para sua primeira banda, inicialmente chamada Influence. Logo eles mudaram o nome para Gypsy’s Kiss e ficaram conhecidos em pubs ao redor de Londres. O projeto acabou não durando por muito tempo.
Em 1974, Steve Harris entra para uma banda um pouco mais profissional, chamada Smiler. Lá, ele trabalhou ao lado do vocalista Dennis Wilcock e do baterista Doug Sampson, que fariam parte do Iron Maiden em seus primeiros anos. Apesar do Smiler ir bem, o lado compositor de Harris começou a aflorar com mais destaque. Isso desanimou os outros membros, como o próprio baixista contou para a revista Guitar World.
“Eu ouvia coisas como o Genesis do começo (que eu amo), Jethro Tull, Pink Floyd, King Crimson, Yes, Black Sabbath, Deep Purple e Led Zeppelin. Então quando comecei a compor minhas coisas, tinha muitas combinações, mudança de tempo e força. Eu queria fazer minha primeira música real com o Smiler, mas quando eu trouxe para eles, eles disseram ‘oh, m**da, isso tem muitas mudanças de tempo, não vamos fazer isso’.”
A passagem é interessante, mostra que a veia prog do que viria a ser o Iron Maiden não só já existia antes da formação da banda em si, como também foi crucial para a decisão de Steve Harris em criar seu próprio grupo. Fato é que em 25 de dezembro de 1975, estava formado o Iron Maiden. Uma data peculiar para se criar uma banda. A formação original trazia Paul Day nos vocais, Dave Sullivan e Terry Rance nas guitarras e Ron “Rebel” Matthews na bateria, além, claro, de Steve no baixo. O nome da banda nasceu do filme “O Homem da Máscara de Ferro”, de 1939, dirigido por James Whale. Trata-se de uma adaptação de “O Visconde de Bragelonne”, livro do escritor francês Alexandre Dumas (pai), autor de “Os Três Mosqueteiros”.[1]
Smiler – da esquerda para a direita: Mick Clee, Steve Harris, Dennis Wilcock, Doug Sampson e Tony Clee [1]
Pub Cart and Horses - Local do primeiro show da banda em 1976[7]
A passagem é interessante, mostra que a veia prog do que viria a ser o Iron Maiden não só já existia antes da formação da banda em si, como também foi crucial para a decisão de Steve Harris em criar seu próprio grupo. Fato é que em 25 de dezembro de 1975, estava formado o Iron Maiden. Uma data peculiar para se criar uma banda. A formação original trazia Paul Day nos vocais, Dave Sullivan e Terry Rance nas guitarras e Ron “Rebel” Matthews na bateria, além, claro, de Steve no baixo. O nome da banda nasceu do filme “O Homem da Máscara de Ferro”, de 1939, dirigido por James Whale. Trata-se de uma adaptação de “O Visconde de Bragelonne”, livro do escritor francês Alexandre Dumas (pai), autor de “Os Três Mosqueteiros”.[1]
A primeira formação do Iron Maiden – da esquerda para a direita: Terry Rance, Ron Matthews, Paul Day, Dave Sullivan e Steve Harris [1]
Após a formação da banda, o primeiro show ocorreu no dia 01 de Maio de 1976 no St Nicholas Hall, Londres - Ingraterra. Londres foi palco de quase todos os shows da banda naquele ano. Nas apresentações em 1976 a banda tocava alguns covers e músicas que apareceriam no primeiro álbum Iron Maiden, "Sanctuary", "Prowler", "Transylvania", "Wrathchild".
A banda então formada pelo vocalista Paul Day, Steve Harris no baixo, nas guitarras Dave Sullivan e Terry Rance e pra fechar a formação Ron Matthews na bateria.[2]
Primeira formação do Iron Maiden 1976 [2]
Troca de Membros
Ainda em 1976, o vocalista Paul Day fora substituído por Dennis Wilcock, vocalista que era adepto ao estilo schock rock, estilo adotado pelo Kiss e Alice Cooper, segundo Harris, Paul não tinha carisma no palci.
A dupla de guitarristas Dave e Terry foi outra alteração na banda, no lugar entraram Dave Murray, que se tornaria um braço direito de Harris até os dias atuais, e Bob Sawye. formação durou até meados de 1977.[2]
Segunda formação formação do Iron Maiden 1976 [2]
A dança das cadeiras na banda não parou em '76, logo nos primeiros meses, Wilcock era intransigente, ao ponto de tretar com Murray e Matthews, o que levou a saída de ambos da banda, O baterista Bob Sawyer foi outro que entrou em conflito com Harris, por querer ofuscar o trabalho de outros membros.
Entraram na banda o guitarrista Terry Wapram, Thunderslick na bateria e Tony Moore nos teclados.
Como resultado de tudo isso, o ano de 1977 foi particularmente bem confuso na história do Iron Maiden. Terry Wapram, guitarrista contratado para substituir Dave Murray, conseguiu ficar por um tempo, mas o baterista Barry ‘Thunderstick’ Purvis, entretanto, nunca se encaixou na banda, além disso, a única tentativa do Maiden de trabalhar com um tecladista, Tony Moore, durou, supostamente, um show.
Ainda neste ano o baterista Moore foi substituído por Doug Sampson, que havia tocado anteriormente com Harris no Smile, e permaneceu pelos próximos dois anos. Foi Sampson quem esteve na ‘batera’ durante a ascensão do Maiden na famosa New Wave of British Heavy Metal, além disso, o músico tocou na lendária demo de 1979, The Soundhouse Tapes, trabalho que rendeu à banda um contrato com a EMI Records.[2]
Segunda formação formação do Iron Maiden 1976 [2]
Durante a primavera de 1978, Dave Murray retorna a banda, após a saída de Terry Wapram e do vocalista Dennis Wilcock. A banda ficara sem um vocalista durante a primavera de '78 até novembro daquele ano, quando entra para a banda o vocalista Paul Di'anno e Paul Cairns na guitarra, a formação que parecia estar em crescente armonia ainda precisava de alguns ajustes.
A busca árdua do Iron por um segundo guitarrista satisfatório finalmente aconteceu com o recrutamento do talentoso e experiente Dennis Stratton, mas o período relativamente longo de estabilidade de sua bateria estava prestes a terminar, junto com a permanência de Doug Sampson no grupo.
Desta vez, o problema não era pessoal, mas sim a saúde precária de Sampson, que ia de encontro ao aumento da carga de trabalho do grupo, que continuava a aumentar semana a semana. Não querendo correr nenhum risco, Steve Harris tomou a difícil decisão de demitir Sampson e contratar Clive Burr, que completou a formação de cinco membros e gravou o álbum de estreia do grupo, Iron Maiden, nas primeiras semanas de 1980.[2]
Formação Iron Maiden de 1980 [2]
Eddie, The Head
De início, Eddie ainda não tinha nome e era apenas uma cabeça gigante, monstruosa e metálica, montada num canto do palco de um dos primeiros shows dos Iron Maiden. A peça havia sido construída por um aluno de uma escola de arte e Dave Beasly a instalou sobre um suporte metálico, fazendo com que ela parecesse animada, usando luzes e sangue falso, sujando o cabelo do baterista, bombeando através dos orifícios da carranca. Nos espectáculos seguintes, o cenário mudava, porém a grande cabeça metálica estava sempre presente e cada vez com maior destaque.
Steve Harris disse que nome vem do fato de que no pesado sotaque londrino dos músicos, descrever a cabeça, "head", soava como "'Ead", adaptado a Eddie. Dave Murray disse que "Ed, A Cabeça" vem de uma antiga piada inglesa:
“Eddie tinha nascido sem corpo, braços e pernas. Só tinha a cabeça. Mas tirando esse problema de nascimento seus pais o amavam muito. No seu décimo sexto aniversário eles foram a um médico que lhes disse que poderia dar um corpo ao garoto. Os pais ficaram malucos com a novidade porque seu filho poderia finalmente ser uma pessoa normal. Eles voltaram para casa e falaram para Eddie: "Nós temos uma surpresa para você. É o melhor presente do mundo!" ao que Eddie diz: "Ah, não a porra de outro boné!".
Como foi que ele nasceu e seguiu o seu destino para se transformar nesse ser místico, meio monstro meio homem, que estaria presente em todas as capas, posters, camisetas e em cada peça de merchandise da banda pelo próximos 40 anos?
De faraó do Powerslave a controlador do demônio em The Number Of The Beast; do cyborg do futuro em Somewhere In Time a deus em Book of Souls; de combatente na guerra da Criméia em “The Trooper” a piloto da Segunda Guerra Mundial em “Aces High”; de louco lobotomizado em Piece of Mind a louco eletrocutado em The X Factor, e muito mais: Eddie esteve em todos os lugares. O nascimento de Eddie começa no dia que Rod Smallwood, empresário da banda, e manda-chuva de todas as decisões em parceria com o outro chefe, Steve Harris entrou na sala de John Darnley, executivo da EMI, gravadora que acabara de assinar o contrato para o lançamento dos 3 primeiros álbuns do Iron Maiden.
Ao entrar na sala, um poster pendurado na parede, chamou a atenção de Smallwood. Era um desenho feito para promover o disco de Max Middleton, artista de jazz. Embora não fosse fã de jazz, o poster era tão bonito que chamou a atenção do empresário do Iron Maiden que pediu o nome do desenhista que o havia feito. John Darnley respondeu que era de um artista desconhecido ex-estudante de escola de artes, que abandonou os estudos, Derek Riggs.
Rod Smallwood ligou para Riggs e foi visitá-lo. O obscuro desenhista que sem sucesso tentava mandar suas artes para editores de livros de ficção científica, mostrou os desenhos que tinha. E ali, entre os desenhos, havia um com essa figura grotesca, meio monstro punk, com olhar de louco. A capa do primeiro disco do Iron Maiden estava praticamente pronta. Rod Smallwood só pediu que ele mudasse o cabelo do monstro: Ao invés de punk, ele queria um cabelo mais comprido. Mais heavy metal.
Anos depois, em entrevista, Rod Smallwood contou como isso foi importante para a construção da marca do Iron Maiden. “Nós nunca fizemos muitos programas de TV, e nunca tocamos pra valer nas rádios, mas como o Eddie criou essa relação tão forte com os fãs, a gente nem precisava desse veículos. Usar uma camiseta com o Eddie estampado se tornou uma mensagem clara: Foda-se a rádio. E foda-se a TV. A gente não liga pra isso. A gente liga pro Iron Maiden.”
Rupert Perry, outro executivo da EMI, também foi muito importante no nascimento de Eddie. Antes de começar um dos shows do Iron Maiden, comentou com Smallwood: “Por que vocês não colocam ele no palco? Não apenas na capa do disco. Não apenas pendurado na cortina ao fundo. Mas uma pessoa, real, em 3 dimensões.”
A ideia parecia boa e para testar nas primeiras vezes, o próprio Rod Smallwood vestiu uma máscara de Eddie, com jaqueta de couro e calça jeans. Ele entrava antes do show começar e ficava aquecendo a platéia, que enlouquecia com aquela figura no palco. Com o sucesso, a banda passou a fazer essa rotina todas as noites. E Rod sugeriu que Eddie começasse a entrar no meio do show. Mais especificamente na música “Iron Maiden”, fato que se repete até hoje, 40 anos depois. [3]
Derek RIgs, Cartunista [3]
Cabeça de um soldado americano no tanque VIetinamita, inspiração para criação da arte que deu origem a capa do álbum Iron Maiden [3]
Metal of Muthas - LP [4]
A primeira aparição do Iron Maiden em um álbum foi na compilação Metal for Muthas (lançada em 15 de fevereiro de 1980) com duas versões iniciais de "Sanctuary" e "Wrathchild". O lançamento levou a uma turnê com várias outras bandas ligadas à nova onda do movimento britânico de heavy metal (NWoBHM). De acordo com diferentes fontes, entre maio de 1976 e dezembro de 1979, a banda fez cerca de 200 shows na Grã-Bretanha.[4]
Álbum auto-intitulado em 1980, que estreou em 4º lugar no UK Albums Chart. O álbum inclui outros favoritos iniciais, como "Running Free", "Transylvania", "Phantom of the Opera" e "Sanctuary" - que não estava no lançamento original no Reino Unido, mas apareceu na versão americana e nas remasterizações subsequentes. A banda embarcou em uma turnê pelo Reino Unido, antes de abrir para o Kiss na etapa européia de 1980 da Unmasked Tour, além de apoiar o Judas Priest em datas selecionadas. O Iron Maiden também apareceu, com grande aclamação, no Reading Festival 1980 com quase 40.000 participantes. Eles ficaram em segundo lugar no projeto de lei no sábado, com OVNIs como atração principal. Após a turnê do Kiss, Dennis Stratton foi demitido da banda como resultado de diferenças criativas e pessoais, e foi substituído por Adrian Smith em outubro de 1980. Na Europa, o Iron Maiden fez 28 shows para cerca de 400.000 pessoas (principalmente fãs do Kiss). Em dezembro, os músicos tocaram no Rainbow Theatre em Londres, onde o primeiro vídeo ao vivo da banda foi filmado. Live at the Rainbow foi lançado em maio de 1981 e as faixas "Iron Maiden" e "Wrathchild" deste vídeo receberam grande rotação na MTV durante suas primeiras horas no ar como os primeiros vídeos de metal de todos os tempos.[5]
Capa do Álbum Iron Maiden 1980 [5]
Um álbum de estreia homônimo alcançou aclamação da crítica no Japão, onde o Iron Maiden foi nomeado "A Melhor Banda Estrangeira Novata" pelos leitores da revista Music Life e recebeu seu primeiro certificado de ouro. Quatro décadas depois, o álbum de estreia do Iron Maiden foi classificado em 13º lugar na lista de "The Greatest Hard Rock & Metal Albums Ever" publicado por jornalistas da revista Rolling Stone e também nomeado o terceiro álbum de estreia de metal mais importante de todos os tempos. O Iron Maiden está classificado em posições semelhantes em muitas outras pesquisas em todo o mundo.[5]
Prowler - Fala sobre algo como "Perambulador", um homem que obervava mulheres. [6]
Sanctuary - parece alguém que cometeu um crime e precisa de um refúgio em santuário. Entre os séculos XIV e XVII um criminoso que se refugiasse em um santuário não podia ser preso, segundo a lei inglesa.
Capa do Single Sanctuary - 23 de maio de 1980 [6]
Remember Romorrow - Di'Anno escreveu em homenagem ao avô. É tudo que se sabe, analisando a letra pode-se imaginar que o avô dele foi piloto, inclusive algumas fontes sugerem que ele foi piloto da Força Aérea Real (Royal Air Force) na Segunda Guerra Mundial.[6]
A RAF surgiu em 1918 e foi muito proeminente na II Guerra Mundial. É a segunda maior atualmente na OTAN, ficando atrás apenas da USAF (Força Aérea dos EUA). A RAF responde às ordens do ministro britânico da defesa. Durante a guerra, a RAF enfrentou a força aérea alemã, Luftwaffe na Batalha da Grã-Bretanha. Foi a primeira batalha da história apenas com aeronaves. O fim desta batalha, vencida pelos ingleses, levou Winston Churchill a dizer: "Never, in the field of human conflict, was so much owed by so many to so few" em português: "Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos" [6]
Runing Free - segundo Paul Di'Anno, é uma espécie de autobiografia de quando ele era jovem. [6]
Phantom of the Opera - título do romance escrito pelo francês Gaston Leroux de 1910 - título original Le Fantôme de l'Opéra. Esta obra foi adaptada para o cinema e teatro várias vezes e atualmente é o musical mais visto no mundo, com adaptação de Sir Andrew Lloyd Weber, superando Cats, dele mesmo. [6]
Obra o Fantasma da Ópera [6]
Transylvania - Região romena é muito conhecida graças a Vlad III, Príncipe (Voivoda) da Valáquia, ou mais popularmente como Vlad o Empalador ou Drácula. Ele foi príncipe de 1456 até 1462 (época do apogeu do império Otomano) 1448 e 1476.
Bran Castle na Transilvânia, Conhecido como castelo de Drácula [6]
Vlad III, Príncipe de Valáquia. Conhecido como Vlad, o Empalador ou Drácula [6]
Vlad era um cavaleiro cristão e enfrentou os turcos e seu próprio irmão Radu. Ele utilizava de métodos cruéis contra inimigos, principalmente o empalamento - para quem não sabe, empalar é um método de tortura onde se enfia uma estaca no ânus, vagina ou umbigo e ela atravessa todo o corpo. Haviam métodos que impediam que a pessoa morresse imediatamente após a inserção da estaca, para que ela sofresse mais algumas horas de dor. O irlandês Bram Stoker (1847 -1912) após estudar folclore europeu e histórias de vampiros lançou em maio de 1896 sua magnum opus, Drácula. [6]
Strange World - Fala de um mundo diferente onde nunca se envelhece mas ao mesmo tempo não é lugar pra se viver.
Charlotte the Harlot - Charlotte é uma prostituta de East End, Londres. East End fica à leste do Muro (Medieval) de Londres e ao Norte do rio Tâmisa. Foi uma das áreas que mais sofreram com os bombardeios na segunda Guerra Mundial. Antes disso a área já era uma das mais pobres do Reino Unido (e ainda é), onde se concentravam os imigrantes e as pessoas que viviam nas favelas do centro, que tiveram que sair devido as construções das docas e de um terminal ferroviário. [6]
Iron Maiden - Iron maiden é uma maquina de tortura medieval, um sarcófago em forma de mulher cm espinhos que quando fechada, atravessavam a vítima.
Iron Maiden torture machine [6]
No dia 02 de Fevereiro de 1981, a banda lançava seu segundo álbum de estúdio, Killers. A banda não estava totalmente satisfeita com o álbum de estreia, onde partiu a decisão de contratar alguém especialista para produzir o segundo álbum, Martin Birch foi o escolhido, o mesmo ficou com a banda até sua aposentadoria em 1992. [8]
Produtor Martin Berch [8]
Capa do álbum Killers 1981 [8]
Folder apresentações com Judas Priest[8]
O disco foi seguido pela primeira turnê mundial da banda, que incluiu sua estreia nos Estados Unidos, abrindo para o Judas Priest no The Aladdin Casino em Las Vegas. O Iron Maiden fez 45 shows na América do Norte para várias centenas de milhares de fãs, incluindo dois shows no Canadá. Killers fez a estreia da banda nas paradas de álbuns dos EUA, alcançando a 78ª posição na Billboard 200.
Os músicos tocaram em locais pequenos ou médios usando o tipo padrão de equipamento de palco, incluindo 200 lâmpadas, máquinas de fumaça, dois cenários com Eddie e quatro membros da equipe usando máscaras de Eddie durante a apresentação ao vivo da música "Iron Maiden". A ilustração da capa de Derek Riggs se tornou a primeira de muitas outras capas icônicas na história do gênero.
Killers vendeu muito melhor em todo o mundo do que sua estréia, atingindo a marca de um milhão um ano após o lançamento, ganhando certificados de ouro do grupo na Alemanha, Japão, Canadá, Bélgica, Dinamarca, França (double Gold) e no Reino Unido. O álbum estreou em 12º lugar no Reino Unido e alcançou o Top 10 e Top 20 em muitos países ao redor do mundo.
A turnê pelo Reino Unido incluiu a apresentação principal da banda no Hammersmith Odeon. No entanto, os problemas de dependência de Paul Di'Anno levaram ao cancelamento de várias datas alemãs. Em algumas dessas cidades, os torcedores locais reagiram com protestos nas ruas. O Iron Maiden então excursionou pelo Japão pela primeira vez em sete shows. Todos os ingressos esgotaram em tempo recorde, mas outros problemas com Di'Anno forçaram a banda a cancelar dois shows.
As tensões entre Paul Di’Anno e os demais colegas de banda aumentaram consideravelmente durante a turnê que promovia “Killers”. O vocalista se afundou no vício em drogas, especialmente cocaína, e não estava cuidando de sua saúde, o que se refletiu em sua voz – e causou o cancelamento de alguns shows. O Maiden pegou pesado na divulgação de “Killers”, com mais de 130 shows em três continentes diferentes no período de 10 meses, e Di’Anno claramente não estava preparado para uma agenda de trabalho mais intensa. Nunca esteve, na verdade.
“Gostei muito do segundo álbum (‘Killers’), mas não me impactou tanto quanto o primeiro. Não pude dar 100% de mim, o que não era justo com a banda, os fãs ou comigo. E, sim, eu estava tentando achar outras formas de fazer aquilo ser empolgante na estrada e, sim, tive problemas com cocaína.”
“No fim das contas, quando se tem uma máquina como o Iron Maiden, se uma parte da engrenagem dá errado, tudo acaba caindo por terra. E eu não estava preparado para o Maiden passar por aquilo, nem estava preparando para eu mesmo passar por aquilo. Citei que não estava feliz, conversamos e foi isso. Rompemos de forma amigável.”
Apesar do citado “rompimento amigável”, o vocalista já comparou Rod Smallwood e Steve Harris aos ditadores Benito Mussolini e Adolf Hitler em entrevistas. Ele também atribuía sua saída à sua “personalidade forte”, o que causaria brigas entre Harris e ele. E uma observação curiosa: por ter feito um acordo financeiro ao sair, Paul Di’Anno não recebe nenhum centavo de direito autoral do Iron Maiden.
Bruce conta em uma entrevista a RTBF como foi a primeira sessão de ensaio e teste com o Iron.
“Quando entrei, lembro de ir ensaiar no primeiro dia, quando fiz o teste – foi em um estúdio para ensaios. O antigo vocalista ainda estava com eles, havia dois shows para fazer. Pensei: ‘a atmosfera será um pouco estranha’. Obviamente, ele não sabia, mas todos sabiam que ele seria demitido. Eu não estava confortável com isso. Minha credencial da união dos vocalistas… (risos)” .
Apesar disso, o entrosamento musical foi instantâneo. “Steve não apareceu até mais tarde. Eu fui e conheci Clive Dave e Adrian. Começamos a tocar músicas antigas do Deep Purple, que todos conhecíamos. Depois, tocamos outras mais. Descobrimos que curtíamos as mesmas músicas, a atmosfera foi fantástica”, disse.
Quando Steve Harris apareceu, segundo Bruce Dickinson, a banda decidiu pedir para que ele aprendesse quatro músicas de seus álbuns – eram apenas dois na época. “Aprendi todas as músicas e disse: ‘quais músicas vocês querem tocar?’. Tocamos praticamente os dois álbuns na íntegra e Steve disse: ‘uau, quando podemos começar?’. Não houve problema algum”, afirmou.[8]
The Ides of March - um tema de minha preferência, Roma! A tradução para o termo é Idos de Março. O primeiro calendário romano, segundo a lenda, foi elaborado por Rômulo em 753 A.C. e tinha 10 meses de 30 e 31 dias, totalizando 304 dias. Os 61 dias restantes de inverno, não entravam na contagem. Em 713 A.C., o rei Numa Pompílio elaborou um calendário no modelo ateniense, mais preciso. Este tinha 12 meses de 29, 30 e 31 dias e a cada dois anos era inserido um 13º mês de 22 ou 23 dias. Este modelo foi substituído pelo modelo de Julio Cesar, o calendário Juliano, que também era um modelo confuso, mas pelo menos era mais "estável".
Dentro de cada mês, 3 dias tinham nomes especiais, são eles:
Calendas (Kalendae): é o dia primeiro do mês, é o primitivo da palavra calendário, que usamos até hoje;
Nonos (Nonae): 5º ou 7º dia, dependendo do mês, normalmente a noite do quarto crescente;
Idos (Idus): 13º ou 15º dia, dependendo do mês, era normalmente noite de lua cheia.
Morte di Giulio Cesare ("Death of Julius Caesar"). Por Vincenzo Camuccini, 1798[9]
Eu levei tudo isso para dizer que no calendário romano, os Idos de Março correspondia ao dia 15, data em que Julio Cesar foi traído e assassinado pelos senadores romanos, em 44 A.C. De acordo com Plutarco, foram 23 facadas e 60 foram os conspiradores liderados por Brutus e Cássio. "Beware of Ides of March" (Cuidado com os Idos de Março), é o que um vidente teria dito a Julio Cesar dias antes de sua morte. Claro, nas palavras de Shakespeare, em A Tragédia de Julio Cesar, ano de 1599. [9]
Wrathchild - A música pode ser interpretada como a história de um filho de uma prostituta procurando pelo seu pai. E a criança está com raiva e procurando por todo lugar! Aliás, a palavra wrathchild não existe, são duas palavras juntas wrath e child.[9]
Livro de Edgar Allan Poe[9]
Murders in the Rue Morgue - é nome de um conto de Edgard Allan Poe. Ele foi um escritor estadunidense nascido em Boston (1809) e morreu "semi-jovem", aos 40 anos. É um dos precursores da ficção científica moderna.[9]
Este conto fala sobre assassinatos de mulheres na rua Morgue, esta rua é fictícia. O investigador Durpin é quem desvenda estes crimes.
Another Life e Innocent Exile - Ambas parecem seguir um pouco a história da música anterior. Na primeira uma voz o pede para morrer e a outra o personagem foge por ser acusado de um crime que não cometeu.[9]
Killers = Fala sobre as sensações de um Serial Killer sedento por sangue.[9]
Genghis Khan - Não fala de nada (é uma música instrumental), porém tem muita história. O Clã dos Clãs, Temujin (1162 - 1227), foi o maior conquistador de terras da história. Ele ainda morreu dizendo não ter atingido seu verdadeiro objetivo: Não ter tido tempo suficiente para conquistar todo o mundo.[9]
Estatua de Ghenghis Khan[9]
Purgatory - É um remake de uma música que o Maiden já tinha. O purgatório, segundo a lenda cristã, não é bem um lugar, mas uma condição temporária de sofrimento pós morte para alcançar a salvação. É tipo assim: se você foi muito bom, vai para o céu, se foi muito mau vai para o inferno e se o julgarem como "nem lá, nem cá", vai para o purgatório se livrar dos males restantes, mediante sofrimento claro, e aí vai para o céu.[9]
Capa do Single Purgatory[9]
An Angel Frees the Souls of Purgatory - Lodovico Carracci (1610)[9]
Prodigal Son - Vindo de uma conotação cristã, e também de outra mitologia, a Grega. Na música do Maiden, o personagem fala para Lâmia que cometeu muitos erros, foi possuído pelo Lu e que estava tornando-se mau. Na bíblia, em Lucas 15 11:32, há o que chamam de a Parábula do Filho Pródigo, que é meio o que está na letra, um filho que tinha tudo, gastou com bebidas, mulheres e Texas Hold'em e voltou arrependido para o pai dele. Lâmia por sua vez, era filha de Posêidon e rainha da Líbia. Estava tudo bem na vida dela, até ela conhecer Zeus (o Deus safadão). Como de costume, Zeus a "persuadiu" e eles tiveram muitos filhos.
Um belo dia, Hera descobriu o novo casinho do maridão, matou as crianças de Lâmia, fez com que os olhos dela jamais se fechassem, algumas versões dizem que Hera a transformou em um monstro. Lâmia ficou louca e começou a devorar crianças. Zeus, penalizado, deu a ela a habilidade de tirar os próprios olhos para que ela sofresse menos com o que teria que ver.[9]
O Retorno do filho pródigo - Rembrandt (1662)[9]
Twilight Zone - Tem relação com as demais quando ele diz que quer sair do purgatório, que ele, morto, chama por ela e espera que ela morra logo pois ele está tão só.
Drifter - Encerra este grande álbum, com um toque de esperança nos novos dias e novas aventuras. [9]
Em 1982, o Iron Maiden lançou seu terceiro álbum de estúdio, The Number of the Beast. Este se tornou o primeiro registro número 1 do UK Albums Chart da banda, foi um hit Top Ten em muitos outros países, e alcançou o número 33 na Billboard 200. Na época, Dickinson estava no meio de dificuldades legais com a gestão de Samson, e não foi permitido adicionar seu nome a nenhum dos créditos de composição, embora ele ainda tenha feito o que descreveu como uma "contribuição moral" para "Children of the Damned". ", "The Prisioner" e "Run to the Hills". Pela segunda vez, a banda embarcou em uma turnê mundial, apelidada de The Beast on the Road, durante a qual visitou a América do Norte, Japão, Austrália e Europa, incluindo uma apresentação para 40.000 pessoas no Reading Festival. Pela primeira vez, eles apresentaram um cenário conceitual, incluindo palco especialmente projetado e iluminação composta por quase 400 lâmpadas. Também pela primeira vez na história da banda, o móvel de três metros Eddie foi apresentado no palco durante a performance da música "Iron Maiden".[10]
Eddie 1982 [10]
Eddie 1982 [10]
Um grupo de lobby político conservador americano alegou que o Iron Maiden era satânico por causa da faixa-título do novo álbum e da arte da capa demoníaca, ao ponto em que um grupo de ativistas cristãos destruiu os discos do Iron Maiden em protesto. Nos últimos anos, Dickinson afirmou que a banda tratou isso como "bobagem", e que as manifestações de fato lhes deram "muita publicidade". Um professor americano Bryan A. Bardine referindo-se ao aspecto visual do terceiro álbum da banda afirmou que a mensagem dos autores parece ser compreensível: "este álbum evoca poder, paixão e música que apresenta temas e imagens mais sombrios.[10]
Capa do Álbum The Number of the Beast[10]
A banda tocou em mais de 100 datas na América do Norte apoiando Scorpions, Judas Priest e Rainbow. O Iron Maiden foi a atração principal de algumas datas canadenses, shows gratuitos em Nova York, Chicago e outras paradas solo. Eles também se apresentaram nos maiores festivais americanos (Day on the Green, SuperFest, Pacific Jam, Rock Fest) que foram realizados em grandes estádios como Rich Stadium, Anaheim Stadium, Oakland Alameda Coliseum ou Comiskey Park, entre muitos outros.
Folder Day on the Green 1982 [10]
Iron Maiden Day on the Green 1982[10]
O Iron Maiden foram rapidamente promovidos à extra-liga do hard rock e à vanguarda do heavy metal. The Number of the Beast é considerado o álbum inovador para o heavy metal moderno e está de volta nas paradas de vendas de álbuns e nas pesquisas de álbuns de heavy metal de todos os tempos constantemente. A faixa de coroamento do álbum intitulada "Hallowed Be Thy Name" é considerada uma das poucas mais importantes na história do gênero, tendo repetidamente ocupado posições de liderança em várias pesquisas. Após o primeiro ano de seu lançamento, 2,5 milhões de cópias foram vendidas. Um novo capítulo de enorme sucesso no futuro do Iron Maiden foi cimentado; em 2010, o álbum vendeu mais de 14 milhões de cópias em todo o mundo. A "Era de Ouro" na história da banda começou Desde algumas décadas The Number of the Beast é considerado um dos álbuns de todos os tempos (Top 3, Top 5) na música pesada, e em dezembro de 2021 já havia vendido quase 20 milhões de cópias em todo o mundo.
Em dezembro de 1982, o baterista Clive Burr foi demitido da banda e substituído por Nicko McBrain, que anteriormente tocava no Trust. Embora Harris tenha declarado que sua demissão ocorreu porque suas apresentações ao vivo foram afetadas por atividades fora do palco, Burr se opôs a isso e alegou que ele foi expulso injustamente da banda.
Invaders - Fala sobre a invasão dos Vikings na Inglaterra. Os Vikings são uma antiga civilização nórdica, da Escandinávia (Suécia, Noruega e Dinamarca). Além de colonizadores e comerciantes, eram também conquistadores e engajaram-se na conquista dos demais territórios europeus como a França, Bretanha e ilhas do Atlântico Norte. Seu apogeu foi nos séculos VII e IX. Os ataques dos vikings, principalmente os dinamarqueses, contra os ingleses começaram por volta do ano de 793. Eles tomaram vários reinos ingleses, ficaram por ali e passaram a comercializar. A área inglesa sob domínio dinamarquês era chamada de Danelaw - onde as leis dinamarquesas prevaleciam.
Depois disso foi aquela velha bagunça de povo conquistando povo: os ingleses recuperaram o território depois perderam de novo para os dinamarqueses que depois perderam para os normandos (eram vikings franceses por assim dizer).
Capas dos filmes - inspiração da faixa [10]
Chrildrem of the Damned - Harris teve 2 filmes como inspiração para esta faixa, Village of the Damned e Children of the Damned. As duas séries tratam de crianças com poderes psíquicos. Dizem também que Bruce na Radio 6 BBC, afirmou que esta música foi inspirada pelo som Children Of The Sea do Black Sabbath, na época do Dio.
Série inspiração da faixa The Prisioner [10]
The Prisioner - Baseada em uma série de TV dos anos 60, estrelada por Patrick McGoohan. Na série, o agente abandona o serviço secreto britânico e é preso quando chega em casa. Ele é levado para "The Village", onde os nomes são trocados por números. Ele é o número 6. Na medida que o sujeito avança na hierarquia, seu número diminui até o 1, que manda no lugar.
A introdução da música "We want information, information, information. Who are You? The new number two. You are number six. I'm not a number ya. I'm a free man! Hahahahaha!", faz parte do segundo capítulo do seriado, The Chime Of Big Ben, aos 2:48.
22 Acacia Avenue - Segue com a saga da prostituta Charlotte que começou lá no primeiro álbum. Acacia Avenue dá nome para mais de 60 ruas no Reino Unido. A Acacia Road mais próxima onde Steve Harris nasceu, Leytonstone, fica em Hornchurch.
The Number of the Beast - Beasdo no filme "A Profecia II" (Damien: Omen II) e no poema Tam o'Shanter do escritor escocês Robert Burns (1759-1796).
Tam o'Shanter também é o nome de uma coisa de colocar na cabeça, tipo de um cap (aquela boina com um pompom em cima). E o nome foi tirado do personagem e não o contrário. O poema escrito em escocês misturado com inglês, fala de uma visão de Tam o'Shanter voltando para casa depois de muito tempo estando no pub.
A introdução de The Number contém duas passagens da Bíblia: Apocalipse 12:12 e 13:18. A intro foi narrada por um locutor da radio Capital 95.8, que ainda funciona e tem o slogan: The uk's nº.1 hit music station. Na época em que foi lançado, houve um grande murmurinho dos religiosos dizendo que a banda era do demônio - e ainda dizem - por conta do clip e da capa do CD. Mas todos os conhecedores da Donzela sabem que a banda não tem nada de satanista - e se tivesse seria boa do mesmo jeito.
Poema que foi base da música[10]
Run to the Hills - Conta a história do massacre dos nativos americanos pelos estadunidenses. Após as 13 colônias estadunidenses conseguirem a separação da Grã-Bretanha, eles avançaram para o sul e o oeste da América. Tribos indígenas foram dizimadas sob o pretexto, com tons de nazismo, do tal do destino manifesto.
Massacre de Bear River – Smithsonian National Postal Museum [10]
Gangland - Fala sobre um ex-gangster apavorado pelo seu passado.
Total Eclipse - Descreve um eclipse total, onde todos ficam aterrados de medo diante da escuridão total.
Hallowed Be Thy Name - Esperando em sua cela, quando os sinos começam a tocar, sem muito tempo para pensar na vida passada, pois às 5 horas o levarão para a forca. A música fala sobre uma pessoa prestes a ir a forca.
Logo depois, a banda viajou pela primeira vez para as Bahamas para gravar o primeiro de três álbuns consecutivos no Compass Point Studios. Em 1983, eles lançaram seu quarto álbum de estúdio, Piece of Mind, que alcançou o 3º lugar no Reino Unido, e o 14º na Billboard 200. Piece of Mind apresenta os singles de sucesso "The Trooper" e "Flight of Icarus", o último sendo notável como uma das poucas músicas da banda a ganhar airplay substancial nos EUA. As outras canções notáveis do álbum são "Where Eagles Dare" (baseado no mesmo filme intitulado com Clint Eastwood estrelado), "Revelations", "Die with Your Boots On" e um épico "To Tame a Land" baseado em Frank Herbert romance intitulado "Dune".
Piece of Mind - Álbum [11]
O Iron Maiden fez 151 shows na Europa e América do Norte como parte da World Piece Tour. Pela primeira vez eles marcaram uma grande turnê pela América do Norte como headliners. Em Londres, eles tocaram quatro noites consecutivas no Hammersmith Odeon, depois fizeram várias turnês por toda a Europa Ocidental, incluindo uma extensa perna alemã. A World Piece Tour foi resumida por duas apresentações principais no Rock & Pop Festival no Westfalenhalle em Dortmund. O show foi transmitido ao vivo para 300 milhões de pessoas com exceção da música "Iron Maiden" devido ao "comportamento violento no palco" da banda.
Ingresso do show do Iron Maiden
A montagem da turnê foi o próximo passo no desenvolvimento visual dos shows da banda. O Iron Maiden usou, entre outros, um sistema de som de 100.000 watts pela primeira vez na história de um grupo especialmente projetado para grandes arenas esportivas. O equipamento de iluminação, além das rampas padrão com spots, incluía quatro rampas triangulares móveis, elevando-se a diferentes alturas acima do palco e iluminando o público de diferentes ângulos. Estas foram as primeiras rampas deste tipo no mundo e a sua construção constituiu um avanço significativo como ponto de partida para a criação de sistemas de iluminação móveis e extensivos utilizados nos percursos subsequentes. A plataforma de iluminação foi construída com base em mais de 520 lâmpadas.
A revista britânica Kerrang! resumiu o ano que passou, e os leitores foram convidados a selecionar cem melhores álbuns de metal de todos os tempos, com Piece of Mind em primeiro lugar, seguido por The Number of the Beast, e os outros lançamentos da banda estavam no Top 50.
Fotos da revista - Edição Outubro de 1983 [11]
Fotos da revista - Edição Outubro de 1983 [11]
Referencias da faixa "Where Eagles Dare" [11]
Where Eagles Dare - Abre o álbum. A música é inspirada no romance de mesmo nome do escritor escocês Alistair Maclean (1922-1987). A obra "Where Eagles Dare" virou um filme de guerra em 1968, com atuações de Clint Eastwood e Richard Burton. No filme um general do exército dos EUA é capturado pelos nazistas, e mantido preso em uma fortaleza nos Alpes no Sul da Bavaria, Schloss Adler (Castelo das Águias em alemão).
Revelations - Inspirado pela obra do escritor e ocultista inglês Aleister Crowley (1875–1947) (o Mr. Crowley citado por Ozzy em Blizzard of Ozz) faz referências as suas teorias, além de citar elementos hindus.
Uma das referências é "The venom that tears my spine", que diz respeito ao Yoga. Dizem que há uma energia primordial em nossos corpos, e ele se localiza na base da coluna, Kundalini (que vem do sânscrito e quer dizer enrolado ou espiral) deve ser despertada para que consigamos atingir a iluminação, o Samadhi. Mas isto é a grosso modo, tem muito mais coisas nestes meio.
Aleister Crowley (1875–1947) [11]
Kundalini [11]
Flight of Icarus - Baseado na mitologia grega, na conhecida história de Ícaro, filho de Dédalo, que queria deixar Creta voando com asas de cera. Ambos fugiram do labirinto do Minotauro voando, porém, Ícaro não ouviu as recomendações do pai: que não voasse muito próximo ao sol. O filho não ouviu o pai e suas asas derreteram ao voar próximo ao sol, ele caiu no mar Egeu e morreu.
Ilustração da Música - Flight of Icarus [11]
Die With Your Boots On - Fala sobre profetas do desastre, aqueles líderes que querem amedrontar as pessoas com suas profecias auto realizáveis Este fenômeno consiste em criar um prognóstico (partindo muitas vezes da falácia do declive escorregadio), ele se torna crença e por causa da crença das pessoas, e de suas atitudes ele acaba se realizando.
The Trooper - A música nos leva para a Guerra da Criméia, de 1853 até 1856. Esta guerra teve de um lado o Reino Unido, Império Otomano (Turquia), França e Reino da Sardenha (Itália) contra o Império Russo que desejava aumentar sua influência nos balcãs.
Mas o que de fato inspirou este som foi o poema "The Charge of the Light Brigade", de Alfred Lord Tennyson, que fala da Batalha de Balaclava. No começo do clip de The Trooper contem esta passagem do poema:
"Half a league, half a league,
Half a league onward,
All in the valley of Death
Rode the six hundred.
'Forward the Light Brigade!
Charge for the guns!' he said:
Into the valley of Death
Rode the six hundred."
Esta passagem é de uma investida feita pela Cavalaria Ligeira comandada por Lord Cardigan contra os russos após um problema de comunicação entre os comandantes do exército. Eles atacaram legiões russas com aproximadamente 670 homens, destes ficaram apenas 195 com cavalos para prosseguir.
Ilustração da Música - The Trooper[11]
The Thin Red Line, obra de Robert Gibb [11]
Trailer do filme "A Carga da Brigada Ligeira", de 1936. [11]
Still Life - Fala sobre um cara qualquer que fica atraído por uma piscina, com a qual ele tem pesadelos e vê rostos, no fim da música o cara pula e morre afogado. Existem outras teorias, mas nenhuma delas é corroborada na letra ou por nenhum dos compositores.
Livro e filme inspiração para a música [11]
Quest For Fire - É um romance de J. H. Rosny Aîné (1856–1940) e um filme francês do diretor Jean-Jacques Annaud's, lançado em 1981. Este filme, da pré história, conta a saga de três tribais que vão atrás do fogo que fora perdido por sua tribo.
Sun and Steel - Fala sobre o samurai Miyamoto Musashi (1584?–1645). Ele matou seu primeiro inimigo aos 13 anos, e criou o estilo de luta Niten ichi-ryū, que é lutar com duas espadas. Também é o escritor de o Tratado dos Cinco Anéis, algo parecido com a Arte da Guerra, do chinês Sun Tzu.
Miyamoto Musashi matando um "nue" (criatura lendária do folclore japonês) [11]
To Tame a Land - Inspirada na ficção cientifica Dune, de Frank Herbert's (1920–1986) lançado em 1965. O filme Dune foi lançado em 1984, com direção de David Lynch. E por que a música se chama "To Tame a Land e não Dune?" Segundo Bruce Dickinson, Frank não gostou da ideia e ameaçou processar a banda e impedir o lançamento do álbum se a música não tivesse seu nome trocado.
Filme inspiração para a música.[11]
Em Agosto de 1984, o Iron se apresentou 5 vezes na Polônia, foram os primeiros artistas ocidentais que trouxeram a produção em grande escala para trás da Cortina de Ferro. A média de público na Polônia foi estimada em 12.000 pessoas, mais alguns milhares de fora a cada noite. O show inaugural em Varsóvia, realizado na Torwar Arena, reuniu mais de 14.000 pessoas e mais cinco mil ouviram do lado de fora. Em Budapeste, cerca de 50.000 fãs lotaram um estacionamento. [12]
Mapa dividido pela cortina de ferro [12]
A expressão cortina de ferro foi criada pelo político britânico Wiston Churchill. Ele a usou, pela primeira vez, durante um discurso que pronunciou na cidade de Fullton, Missouri, em 1946.Com este termo, o ex-ministro britânico alertava que o governo de Stalin continuaria a influenciar os territórios que havia libertado durante a Segunda Guerra Mundial e os isolaria da Europa Ocidental.A expressão "Cortina de Ferro" seria usada durante o período da Guerra Fria para caracterizar o mundo divido em países capitalistas e socialistas. [12]
O Iron Maiden tocou para multidões em toda a Europa e Reino Unido. 105 datas na América do Norte foram um enorme sucesso. Muitos shows foram realizados consecutivamente na mesma cidade, como em Long Beach, Califórnia, onde a banda fez quatro shows consecutivos na Long Beach Arena para um público combinado de 54.000 fãs. Em Nova York, a banda tocou cinco noites no Radio City Music Hall e apenas a doença de Dickinson impediu que os cinco shows agendados fossem sete.[12]
O disco chegou nas lojas de todo o mundo no dia 3 de setembro de 1984 e, de cara, apresentava duas músicas que imediatamente se tornaram clássicos da banda. A veloz “Aces High” e a poderosa “2 Minutes To Midnight”. O disco ainda conta com a rápida, porém, melodiosa “Back In The Village”, onde Bruce dá um show de técnica e interpretação, a canção título “Powerslave”, que se apresenta cheia de climatizações e linhas de guitarra que nos remete diretamente ao antigo Egito é outro momento absurdamente inspirador e a audição termina com um verdadeiro épico com mais de 13 minutos de duração e diversas passagens memoráveis: a mágica “Rime Of The Ancient Mariner”. Provando que o quinteto inglês era muito mais do que uma simples banda de Heavy Metal, mas sim, uma verdadeira fábrica de músicas marcantes, complexas e de extremo bom gosto. A capa idealizada por Derek Riggs é uma das mais marcantes de todos os tempos, trazendo o mascote Eddie como uma personificação das esfinges egípcias e do poder dos faraós. A arte traz uma enorme quantidade de detalhes.[12]
Eddie Powerslave[12]
Iron Maiden[12]
Capa álbum Powerslave[12]
Bruce Dickinson[12]
Foi nesse período que a velha donzela se tornou realmente enorme comercialmente e a turnê “World Slavery Tour” foi a maior da carreira da banda até o momento, tendo inclusive uma passagem memorável pelo Brasil, onde tocaram no primeiro Rock In Rio em 1985, público estimado de 350.000 a 500.000 pessoas. Neste mesmo ano, lançaram o ao vivo “Live After Death”, que foi gravado nos dias 8, 9, 10 e 12 de outubro de 1984, no Hammersmith Odeon (em Londres, Inglaterra) e 14 a 17 de março de 1985, na famosa Long Beach Arena (na Califórnia, Estados Unidos). Assim como “Powerslave” é considerado por muitos fãs o melhor trabalho do Iron Maiden e um dos melhores de todo o Metal oitentista, “Live After Death” também é tido como um dos melhores discos ao vivo de todos os tempos. [12]
A turnê foi fisicamente cansativa para a banda, que exigiu seis meses de folga quando terminou (embora isso tenha sido posteriormente reduzido para quatro meses). Esta foi a primeira ruptura substancial na história da banda, incluindo o cancelamento de uma proposta de turnê de apoio para o novo álbum ao vivo, com Bruce Dickinson ameaçando sair a menos que a turnê terminasse.
Em novembro de 1985, o Iron Maiden foi nomeado a melhor banda de rock e metal do mundo e premiado no Public Choice International. Este reconhecimento selou seu status como a maior banda de heavy metal do mundo.[12]
Aces High - A letra da faixa nos remete claramente a um fator histórico, o período da Segunda Guerra Mundial, em que um piloto britânico em uma batalha aérea, relata sua visão pessoal de combate; todo esse diferencial interpretado com maestria por Dickinson. Os solos nessa canção são muito bem cuidados e intuitivos, bem construídos, culminando com a faixa de forma sublime e coesa. Outro momento interessante na canção se faz ao final, em que o ouvinte tem nítida impressão de que um avião começa seu declínio em direção ao solo.[12]
2 Minutes to Midnight - emete a um tema muito falado durante os anos oitenta: a Guerra Fria. Aqui, a composição nos mostra o lado sombrio de um terrorismo, seitas secretas e todo aquele apanhado de espionagem. O termo título da faixa: 2 minutos para meia-noite, foi trazido pelo grupo em referência ao chamado do “Relogio do Juizo Final”, em inglês: “A Doomsday Clock”, em que uma simbologia trazida pelo comitê da Universidade de Chicago nos EUA, remete em analogia de que a raça humana estaria em minutos antes de meia–noite, condenada e a mesma por sua vez, traz a consciência em que uma Guerra Nuclear seria o ponto principal da questão. Esse “relógio” estaria agregado nessa simbologia desde 1947, dois anos depois da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente.[12]
Em 1991, em meio à euforia e otimismo do 'fim da história' com o colapso da União Soviética, o relógio foi adiado para 17 minutos para a meia-noite, mas vem avançando desde então.[12]
A ideia do Relógio do Juízo Final completa 75 anos em 2022; seus operadores estão pedindo ao público que compartilhe maneiras de #TurnTheClockBack, com ele o mais próximo da meia-noite do que nunca.[12]
Losfers Words (Big Orra) - A banda volta a revisitar o tema egípcio e assim o grupo remete em seu passado aonde mantinha as tradições de faixas sem os vocais. No entanto, essa era uma canção que estava sendo construída com as vocalizações e o tema principal seria a métrica de “Losfers Words”, assim, de alguma forma a banda deixou de lado e se concentrou em mantê-la como ficou. O grupo chegou a tocar a canção no início da turnê em 1984, mas depois resolveram abolir e manter outra faixa em seu lugar. Fica interessante ressaltar que o iron Maiden não faria mais nenhuma canção instrumental e assim deixando de lado uma vertente muito expansiva da banda.[12]
Flash of the Blade - A letra aborda o tema entre um jovem guerreiro que culmina em uma vertente entre algo medieval e ate mesmo uma vingança pessoal sugerida na mesma.[12]
Os Duelistas - Livro de Joseph Conrad
The Duelists - A letra baseada no livro de Joseph Conrad intitulado de Os Duelistas, traz uma batalha “eterna” entre dois oficiais franceses do Grande Exército de Napoleão Bonaparte – na verdade os dois cavalheiros, estão proibidos de duelar, pois o tempo era de guerra. Mesmo assim, a vida dos dois homens nunca mais seria a mesma, - eles em cada encontro, acabam se enfrentando com suas espadas e isso seria uma constante em suas vidas em anos a fio. Seriam na verdade dois homens frustrados e que não dariam uma trégua ao tal duelo. O enredo do livro se passa exatamente no século XIX, bem no início dele. O clima da obra literária acaba por se ambientar na Europa, em várias regiões e tendo como fundo, como já mencionado, as guerras de Napoleão. O livro acabou por gerar um filme em 1978 dirigido pelo mestre Ridley Scott, assim, muito do que se lê na letra, acaba também por envolver algo da película; o que não acabou afetando a composição e sim agregou e muito. E apesar de a canção ter sido composta por Harris, sabe-se que Bruce Dickinson se tornou esgrimista e admirador de todo conteúdo envolvendo o esporte.[12]
Back in the Village - A letra vem nessa música dar continuidade à canção “The Prisoner”, de 82 e do disco “The Number of the Beast”. A temática mostra abertamente um agente do governo britânico que se torna reconhecido como número 6 e acaba indo para uma vila em que a mesma se faz uma espécie de prisão ao qual o tal agente tenta escapar não somente da vila mencionada, mas sim das torturas exercidas dentro dela. Um fato muito peculiar dessa canção, foi que ela acabou sendo colocada no álbum como a sexta faixa, isso em referência do número do personagem, ou seja, do agente citado. Essa canção faz a ponte para o final apoteótico do disco e acabou deixando um equilíbrio e clima perfeitos.[12]
Powerslave - A letra sugere um Faraó que esta prestes a morrer, e assim personagens do Egito Antigo são citados dentro do enredo. Os solos são muito imponentes nessa canção, a forma como foram inseridos trazem um ápice em que após os mesmos a faixa caminha para um final apoteótico com um clima perfeito e bem uniforme, que dão a exata sensação de um épico faraônico. A música foi escrita por Dickinson e se tornou um das melhores canções já concebidas pelo grupo.[12]
Rime of the Ancient Mariner - A música foi criada por Harris e a letra inspirada no livro/conto – ou como muitos afirmam – um poema de Samuel Taylor Coleridge (1772 – 1834), o qual foi um dos autores que deu início à literatura romântica na Inglaterra. A obra foi publicada em 1798, mas hoje as versões trazem traduções para vários países, inclusive no Brasil. O inglês arcaico do conto, misturado ao enredo, torna o poema sombrio e ao mesmo tempo muito instigante. A ideia central do livro mostra um marinheiro vivenciando eventos sobrenaturais durante sua viagem em alto-mar. Um albatroz guia a embarcação por um canal ate a Antártica, mas o barco acaba sendo desviado de seu curso por uma tempestade. Assim, um bom tempo depois, o marinheiro acaba por ferir e matar a ave que guiara sua navegação, então a tripulação se vê assombrada por espíritos e culpam o velho marinheiro pelo fato. No caminho, a tripulação encontra com uma embarcação fantasma, guiada por uma “Mulher Pálida” e um esqueleto representando a “Morte”. Então, segue o conflito com a tripulação morrendo um a um, deixando o velho marinheiro ao destino e sofrimentos.[12]
Livro: The Rime of the Ancient Mariner - Samuel Taylor Coleridge
Retornando das férias da última turnê, a banda adotou um estilo diferente para seu álbum de estúdio de 1986, Somewhere in Time. Pela primeira vez na história da banda, este apresentou baixo sintetizado e guitarras para adicionar texturas e camadas ao som. O lançamento foi bem em todo o mundo, particularmente com o single "Wasted Years", mas notavelmente não incluiu créditos de composição de Dickinson, cujo material foi rejeitado pelo resto da banda. Enquanto Dickinson estava focado em sua própria música, o guitarrista Adrian Smith, que normalmente colaborava com o vocalista, foi "deixado por conta própria" e começou a escrever músicas por conta própria, criando "Wasted Years", "Sea of Madness ", e "Stranger in a Strange Land", o último dos quais seria o segundo single do álbum. O álbum foi o maior sucesso das paradas americanas da banda até hoje, alcançando o 11º lugar na Billboard 200 e o 2º nas paradas do Reino Unido. Álbum imediatamente alcançou o status de Ouro no Reino Unido e Platina nos Estados Unidos, onde eventualmente foi Double Platinum de acordo com a biografia oficial da banda "Run to the Hills". A produção de Somewhere on Tour foi a mais ambiciosa até agora. Somewhere in Time apresenta "Caught Somewhere in Time" como faixa de abertura, o hino "Heaven Can Wait" e o épico progressivo "Alexander the Great" coroando o álbum. [13]
Capa do Álbum Somewhere in TIme [13]
A banda usou sete ou oito caminhões articulados de 45 pés com mais de 100 toneladas de equipamentos, três ônibus para 60 pessoas e dois nightliners para cinco músicos. O sistema Turbosound personalizado da banda foi provavelmente o maior do mundo usado em ambientes fechados. A potência total (PA e monitores de palco) foi estimada em 180.000 watts. O vasto e flexível equipamento de iluminação continha mais de 1100 lâmpadas penduradas sobre um cenário futurista, incluindo naves espaciais voadoras, adereços infláveis, armas laser, pirotecnia, suportes hidráulicos, cenários e a aparência monumental de Eddie.[13]
Somewhere on Tour foi um grande sucesso em todos os lugares. A banda fez 157 shows para dois milhões e meio de fãs. 81 shows na América do Norte foram um sucesso espetacular e os músicos reservaram as maiores arenas cobertas e alguns estádios também. Mais uma vez o Iron Maiden visitou a Polônia, Hungria e Iugoslávia para tocar para dezenas de milhares de fãs em cada país. A grande perna do Reino Unido, incluindo seis noites no Hammersmith Odeon, foi vendida antecipadamente. Em outubro de 1987, o Iron Maiden lançou o documentário em vídeo 12 Wasted Years, com foco na história da banda de 1975 a 1987. Ele incluía vários vídeos raros e entrevistas da carreira da banda, alguns dos quais foram posteriormente incluídos no documentário de 2004 The Early Days. Em março de 2013, o Iron Maiden incluiu o documentário completo em uma reedição de seu filme-concerto de 1989, Maiden England.[13]
O jornalista Dave Basner listou 32 referências que o Iron Maiden escondeu na capa e na contra-capa do clássico álbum Somewhere In Time. A ilustração feita por Derek Riggs para o sexto disco da Donzela de Ferro é uma das mais criativas na discografia da banda, justamente por fazer referência a muitas coisas da vida do Iron Maiden. Veja abaixo as imagens destacando essas 32 referências numeradas que estão presentes no lendário Somewhere In Time e no final, veja mais 3 referências adicionais que encontramos.[13]
01. A placa da rua traz o nome “Acacia” em referência à música do álbum The Number Of The Beast, “22 Acacia Avenue”.
02. O poster mostra a imagem do Eddie do álbum de estreia da banda com a pixação “Eddie lives.” Posters assim também aparecem na capa dos singles “Sanctuary” e “Women In Uniform”.
03. O “Olho de Horus” aparece em neon, em referência à letra da música “Powerslave” que menciona o símbolo egípcio de proteção.
04. A cesta de lixo no poste de luz é idêntica à que aparece na capa do álbum Iron Maiden.
05. O gato preto com auréola, aparece na contra-capa do Live After Death.
06. A palavra “Websters” é uma referência a Charlie Webster, diretor de arte da gravadora do Iron Maiden na época, a EMI.
07. O símbolo no peito do Eddie é a tradicional assinatura de Derek Riggs, presente em todos os álbuns que ele desenhou.
08. O relógio marca 23:58, em referência ao clássico do Powerslave, “2 Minutes To Midnight”.
09. O nome do teatro aparece como “Phantom Opera House” em referência à música “Phantom Of The Opera”, faixa do primeiro disco.
10. “Aces High Bar” é referência a “Aces High”, música que abre o Powerslave.
11. Um avião Spitfire aparece voando acima do “Bar Aces High” justamente o mesmo modelo que aparece na capa do single de “Aces High” e na letra da música.
12. “Sand Dune” (Duna de Areia) faz referência à música que fecha o Piece Of Mind, “To Tame A Land” cuja letra conta a história de “Duna”.
13. As pirâmides aparecem na capa do Powerslave.
14. A silhueta da morte com a foice aparece também na capa do single de “The Trooper” na capa do Live After Death.
15. O letreiro do cinema traz “Life After Death”, nome do álbum ao vivo de 1985. Também diz “Blade Runner” que é inspiração para o tema da capa do Somewhere In Time. Mais acima, o nome do cinema é “Phillip K. Dick” autor de ficção científica que escreveu “Do Androids Dream of Electric Sheep?” que foi inspiração para o filme Blade Runner.
16. A propaganda diz “Ancient Mariner Seafood Restaurant” (Restaurante de Comida do Mar do Velho Marinheiro) em referência ao clássico de 12 minutos “Rime Of The Ancient Mariner” do Powerslave.
17. The Ruskin Arms é um dos primeiros lugares aonde o Iron Maiden tocou na vida.
18. A mulher no quarto da luz vermelha faz referência à prostituta Charlotte, que é tema das músicas “Charlotte The Harlot” do álbum de estreia e “22 Acacia Avenue” do álbum The Number Of The Beast.
19. Rainbow é outro lugar aonde o Iron Maiden tocou.
20. “L’Amours Beer Gardens” faz referência ao “L’Amour”, local de shows no Brooklyn aonde o Iron Maiden também tocou.
21. A cabine telefônica TARDIS da série “Doctor Who” da BBC aparece aqui, sendo que o painel de controle da TARDIS já havia aparecido na capa do single “Wasted Years”.
22. Um Ícaro em chamas caindo do céu é a capa do single “Flight Of Icarus” e presente em toda a letra do clássico presente no Piece Of Mind.
23. O placar do jogo de futebol mostra “West Ham 7 x 3 Arsenal”. Steve Harris é torcedor fanático do West Ham United Football Club.
24. O painel anuncia “Hoje: Gypsy’s Kiss” que é o nome da primeira banda de Steve Harris.
25. Long Beach Arena é o local aonde foi gravado o álbum Live After Death.
26. “Maggie’s Revenge” (A vingança de Maggie) é uma referência à Primeira-Ministra da Inglaterra na época, Margaret Thatcher, que aparece nas capas dos singles “Sanctuary” e “Women In Uniform”.
27. Esse desenho é o mesmo formato da presilha que segura o crânio do Eddie na capa do álbum Piece Of Mind e em alguns discos depois.
28. O desenho mostra Bruce Dickinson segurando um cérebro, em referência ao Piece Of Mind.
29. Nicko McBrain está usando óculos de aviador pois ele tinha tirado a licença de piloto. Ele usa também uma camiseta que é vendida na loja oficial do Iron Maiden que diz “Iron What?”
30. Hammerjacks é o nome do bar favorito do Iron Maiden nos EUA que fica em Baltimore.
31. Tehe’s Bar é o local aonde foram gravadas as vozes do coral na música “Heaven Can Wait” do Somewhere In Time.
32. Herbert Ails é uma referência a Frank Herbert que escreveu “Duna” e recusou o pedido do Iron Maiden para batizar a música “To Tame A Land” como “Dune”. Herbert faleceu no mesmo ano do lançamento do Somewhere In Time.
Caught Somewhere in Time - Esta música descreve alguém, como o diabo, tentando convencer outra pessoa a trocar sua alma por algo que não dá muito para saber o que é (vida eterna?). Argumenta-se que a música é inspirada no filme de 1979, Time After Time (Um século em 43 minutos), onde o escritor H. G. Wells inventa uma máquina do tempo e entra nela para perseguir seu amigo que viria a se tornar Jack, O Estripador.[13]
Filme Time After TIme[13]
Wasted Years - Considerada uma das músicas mais "mainstream" do Maiden ao lado de Wasting Love. Sua letra fala sobre não olharmos para trás e vivermos o presente como se fossem os dias dourados, resumindo esta ideia no refrão da música:
"So understand... don't waste your time always searching for those wasted yearsFace up...make your stand, and realize you're living in the golden years".[13]
Sea of Madness - Assim como a faixa anterior, esta também de autoria de Adrian Smith, narra outro estado mental. Fala do sofrimento do mundo, da miséria do povo (o tal mar de loucura) e que às vezes o melhor a fazer é virar as costas e ir embora, mesmo com o coração pesado.[13]
Heaven Can Wait - Fala sobre experiência de quase morte: sensação de ver o próprio corpo e ter a alma sugada para outro lugar, onde há luzes e pessoas observando, mas tudo que ele deseja é continuar aqui na Terra. No fim ele não sabe se renasceu, morreu ou vai acordar de um sonho.
Near Death Experience (Experiência de Quase-Morte) é quando alguém perto da morte ou sofrendo de algum trauma ou doença que possa levar a ela percebe eventos que parecem ser impossíveis, não usuais ou sobrenaturais (HSW).[13]
Der Flug zum Himmel, de Hieronymus Bosch [13]
Características de EQM (as mais comuns, mas nem sempre presentes): sensações de tranquilidade, luz radiante, pura e intensa, experiências fora do corpo, entrando em outra realidade ou dimensão, visão e/ou comunicação com seres espirituais, o túnel e revisão da vida (tipo aquela sensação de que sua vida inteira passou como um flash diante de seus olhos). A maioria das pessoas classificam a experiência como sobrenatural (pessoas religiosas principalmente). A ciência não tem uma resposta comprovada ao assunto, mas... não é porque não consegue explicar, neste momento, que torna válida as teorias sobrenaturais (mesmo porque não há como testar algumas variáveis).[13]
The Loneliness of the Long Distance Runner - Baseado na história de Alan Sillitoe que se tornou um filme em 1962. O filme fala de um jovem que é preso depois de roubar uma padaria. Ele fica em uma prisão para jovens delinquentes e para se distrair ele passa o tempo correndo. Descobrem seu talento como corredor e oferecem a ele um meio de sair da prisão (e promover o nome da instituição): vencer uma importante corrida cross-country contra alunos da escola pública.[13]
SPOILER: Se você não for ver o filme ou ler o livro, saiba que o garoto quando está perto de vencer a corrida, para no caminho. Ele não aceita vencer uma corrida por aqueles que o prenderam! Ele se ferra depois, mas que tem firmeza, isso tem![13]
Livro inspiração da música [13]
Stranger in a Strange Land - ao contrário do que muitos dizem, NÃO fala sobre o romance de mesmo nome do escritor estadunidense Robert A. Heinlein (1907 - 1988) lançado em 1961, que conta a história de um humano que é criado pelos habitantes do planeta Marte e quando adulto, vem para o planeta Terra. Ok, então a música fala do que?
A letra de Adrian Smith fala sobre uma conversa que ele teve com um explorador, que achou o corpo de um homem congelado há muitos anos no polo norte. (Eu não me surpreenderia que ele tivesse lido o livro de Heinlein e tivesse relacionado as coisas.)[13]
Déjà Vu - fala sobre... Déjà Vu! Aquela estranha sensação de já termos vivido uma mesma situação antes "Feel like i've been here before.."[13]
Alexander the Great - (Alexandre Magno, Alexandre O Grande), o rei da Macedônia e de um bom pedaço do mundo...
"My son, ask for thyself another Kingdom, for that which I leave is too small for thee". (King Philip of Macedonia)
Seu tutor foi nada menos que Aristóteles. Era filho de Filipe II que conquistou a Grécia, depois de as Cidades-Estado da Grécia (como Atenas, Esparta, Tebas e Micenas) se acabarem em guerras. Alexandre conquistou um território de 5.646.200 km² e foi o segundo maior conquistador de terras do mundo ("perdeu" "apenas" para Genghis Khan). Nasceu em 356 AC e morreu de febre na Babilônia em 323 AC.[13]
Detalhe do chamado "Mosaico de Alexandre" representando Alexandre em seu cavalo, Bucéfalo
(Museu Nacional Arqueológico de Nápoles).
Império de Akexrandre Magno
A música tem um probleminha histórico. Na letra de Harris consta que o exército de Alexandre não o seguiu até a Índia pois estavam cansados, mas o exército de Alexandre o seguiu sim. Eles tiveram que se retirar pois viram que vencer os indianos não seria possível. Mas isto não diminui a grandeza deste som épico nem um pouco![13]
A experimentação evidente em Somewhere in Time continuou em seu próximo álbum, Seventh Son of a Seventh Son, que foi lançado em 1988. Um álbum conceitual gravado no Musicland Studios em Munique, baseado no romance de 1987 Seventh Son de Orson Scott Card. foi o primeiro disco da banda a incluir teclados, interpretados por Harris e Smith. Depois que suas contribuições não foram usadas para Somewhere in Time, o entusiasmo de Dickinson foi renovado quando suas idéias foram aceitas para este álbum. Outro lançamento popular, tornou-se o segundo álbum do Iron Maiden a atingir o número 1 nas paradas do Reino Unido, e alcançou o número 12 na Billboard 200. O álbum incorporou muitas influências do rock progressivo e trouxe quatro singles de sucesso (Top 5 no Reino Unido sozinho) como "Can I Play with Madness", "Infinite Dreams", "The Evil That Men Do" e "The Clairvoyant", título épico faixa e expressiva "Moonchild" ou "Only the Good Die Young" inspirada nas obras de Aleister Crowley.[14]
Capa do Álbum Seventh Son of a Seventh Son [14]
Após a turnê de sucesso na América do Norte, o Iron Maiden foi a atração principal dos festivais Monsters of Rock na Europa pela primeira vez. Eles encabeçaram estádios e festivais no Reino Unido, Alemanha, Holanda, Suíça, França, Itália, Espanha, Grécia, Tchecoslováquia e Hungria.[14]
Monsters of Rock 1988
No dia 20 de Agosto de 1988 aconteceu a nona edição do festival Monsters Of Rock, no circuito de Donnington Park, na Inglaterra. O evento era o maior do heavy metal e hoje o posto é ocupado pelo alemão Wacken Open Air. Teve como atrações o Helloween, Guns N' Roses, Megadeth, David Lee Roth, Kiss e o Iron Maiden, fora que se diferenciou das edições anteriores por alguns motivos. Primeiro, foi o recorde de público do festival com 97.900 pagantes. Segundo, teve o som mais alto já registrado, graças ao show da "Seventh Tour of a Seventh Tour", que era a turnê de Seventh Son of a Seventh Son, sétimo disco do Iron Maiden. E por fim, uma tragédia.
Durante a apresentação do Guns N' Roses, marcada por um calor escaldante e por um público beirando a insanidade (por conta disso, a banda foi obrigada a parar o show três vezes), duas pessoas morreram. No final, o vocalista Axl Rose (que ainda não tinha sido informado sobre as mortes) deixou o palco dizendo: "tenham um ótimo dia e não se matem!". Mal sabia ele que, enquanto cantava "It's So Easy", isso já havia acontecido.
O Iron Maiden foi a atração principal do Monsters of Rock. Eles também filmaram o show e o transformaram no videoclipe da canção "The Clairvoyant".[14]
Folder Monsters of Rock 1988 [14]
Cenários e equipamentos que foram levados pela banda foram transportados em dezenas de caminhões e foram os mais elaborados até hoje e um dos maiores do mundo, incluindo mais de 200.000 watts de PA e mais de 1.500 lâmpadas spot. O Iron Maiden foi incluído no Guinness Book of World Records Museum por sua apresentação no festival Monsters of Rock em 1988.[14]
Músicas e Inspirações
Moonchild - Iinspirada no ritual "Liber Samekh" de Aleister Crowley (1875–1947). Este ritual é feito para a besta, para que se possa obter conhecimento e conversar com seu guardião.
Lúcifer (Lucem ferre), o portador da luz, é uma referência ao planeta Vênus (estrela D'Alva) e também ao anjo caído. Como muitos sabem, a mitologia cristã faz muitas referências a outras mitologias, inclusive neste caso, onde na mitologia grega o titã Prometheus dá o fogo para os humanos, assim como Lúcifer leva o conhecimento para Adão e Eva. Ambos são punidos por seus respectivos deuses.[14]
Moonchild também é o nome de um livro de 1917, escrito por Aleister Crowley, que fala da luta das forças do bem contra o mal. A letra da música cita Gabriel, o anjo que jogou Lúcifer no inferno, e cita também Mandrake: "Moonchild - hear the mandrake scream", que é também o nome da planta Mandrágora (quem joga RPG certamente já ouviu falar).
Wikificando: "O uso da raiz da planta é muito antigo, encontrando-se citado nos textos bíblicos em Gênesis 30:14 e Cantares 7:13. Segundo lendas medievais, as raízes da mandrágora deveriam ser colhidas em noite de lua cheia, puxadas para fora da terra por uma corda presa a um cão preto; se outro animal ou pessoa fizesse esta tarefa, a raiz "gritaria" tão alto que o mataria (...) Outra lenda refere que a mandrágora tinha como semente o sêmen de um homem enforcado."
A raíz da mandrágora tem forma de um garfo de três pontas (ou tridente como queira), e era considerada uma planta com superpoderes. Acredita-se que ela nascia embaixo das forcas, após o solo ser banhado com sêmen do homem enforcado [não me pergunte como foi cair sêmem de uma cabeça rolando, e se souber como, deixe nos comentários].
Para tirar a mandrágora, o sujeito precisava colocar cera nos ouvidos, para que o grito da planta [sim, a planta gritava ao ser arrancada do solo] não ensurdecesse ou matasse. A planta era usada para invencibilidade, encontrar tesouros ou auxiliar na gravidez - e talvez, deve ter auxiliado a mãe do sétimo filho do sétimo filho.[14]
Moonchild - De Aleister Crowley [14]
Infinite Dreams - fala sobre o pai do sétimo filho que está atormentado por sonhos e pesadelos paranormais. Ele também deve ter alguns poderes, mas não entende suas visões. A música explora o que pode haver depois da morte.[14]
"There's got to be just more to it, than this
Or tell me why do we exist
I'd like to think that when I die
I'd get a chance another time
And to return and live again
Reincarnate, play the game
Again and again and again..."
Ilustração da Música Infinite Dreams [14]
Can I Play With Madness - Uma das músicas mais conhecidas da banda. A música pode ser considerada feliz ou meio doida, já que é assim que o pai do sétimo filho se sente ao tentar entender o porquê de suas visões.[14]
Ilustração da Música Can I Play With Madness [14]
The Evil That Man Do - Teve seu nome retirada deste trecho da obra Julio César (1599) de William Shakespeare:
"Friends, Romans, country men, lend me your ears; I come to bury Cæsar, not to praise him. The evil that men do lives after them, the good is oft interred with their bones; so let it be with Cæsar."
"Amigos, romanos, camponeses, emprestem-me seus ouvidos; eu venho para enterrar César, não para louvá-lo. O mal que os homens fazem vive depois deles, o bem é muitas vezes enterrado com seus ossos; assim seja com César."
Julius Cæsar. ACT III Scene 2.
Este trecho é falado por Marco Antônio após a morte de César pelos senadores traidores (desculpem o pleonasmo). Christian Gurtner interpreta o discurso de Marco Antônio em seu podcast, no site o Escriba Café. Uma obra prima da internet![14]
Ilustração da Música Can I Play With Madness [14]
The Death of Julius Caesar (1806) by Vincenzo Camuccini
No Rock in Rio de 2001, Bruce Dickinson, antes de cantar esta música citou: "The good that the man do, is often interred with their bones, but the evil that men do, lives on"
Seventh Son of a Seventh Son - Baseada na ficção de Orson Scott Card, Seventh Son (1987). Alvin, o sétimo filho do sétimo filho não sabia de seus poderes, mas agora os descobre, tendo ele que escolher entre o bem e o mal, que fazem o possível para persuadí-lo.[14]
The Prophecy - Alvin pede para que todos acreditem na profecia que iria destruir a vila. Lembrando que a lenda deve ser da época medieval, então, destruir uma vila era muita coisa. A profecia se mostra como algo inevitável, ou seja, estava escrita, e nada poderia mudá-la.[14]
The Clairvoyant - Alvin já sabe controlar suas visões, e não sabe o que fazer de sua vida, pois estes poderes irão destruí-lo de qualquer forma.[14]
Ilustração da música The Clairvoyant [14]
Only the Good Die Young - É uma reflexão, aparentemente de Alvin e de Lúcifer, em estrofes alternadas sobre a vida e a morte. Também dá uma cutucada de leve nos cristãos, que preferem crer em seu livro velho - Walking on water - are miracles all you can trust? - do que nos acontecimentos que chamam a atenção no momento. A profecia se cumpre, quem não acreditou neste novo profeta, morreu...
Esta música novamente leva ao pensamento sobre como o destino é inevitável. O sétimo filho sente-se como um mero peão (de xadrez mesmo) na luta entre o bem e o mal, que não tem um vencedor. A faixa fala do número 7 por várias vezes, e não à toa, existe todo um misticismo acerca deste número. Só não há como confirmar quando há uma tentativa de forjar o número 7, como fica claro em as 7 maravilhas do mundo ou, provavelmente ou coincidentemente nas passagens bíblicas onde o 7 é muito usado, ou quando de fato existem 7 tais coisas como: as 7 cores do arco-íris, os 7 mares, as 7 notas musicais, os 7 dias da semana...[14]
Durante outra pausa em 1989, o guitarrista Adrian Smith lançou um álbum solo com sua banda o mais rápido possível, intitulado Silver and Gold. O vocalista Bruce Dickinson começou a trabalhar em um álbum solo com o ex-guitarrista do Gillan Janick Gers, lançando Tattooed Millionaire em 1990, seguido de uma turnê.[ Ao mesmo tempo, para marcar o aniversário de dez anos de gravação da banda, o Iron Maiden lançou uma coletânea, The First Ten Years, uma série de dez CDs e singles duplos de 12 polegadas. Entre 24 de fevereiro e 28 de abril de 1990, as partes individuais foram lançadas uma a uma, cada uma contendo dois singles do Iron Maiden, incluindo os lados B originais.
A década de 1980 foi fechada pelo grupo com mais de 25 milhões de álbuns vendidos, dos quais 10 milhões na América, mais de cinco milhões de vídeos foram vendidos apenas nos EUA, o que deu ao Iron Maiden seis dos 120 certificados de ouro e platina recebidos em todo o mundo. The Number of the Beast se tornou o álbum mais vendido da banda, alcançando um resultado de vendas de seis milhões de cópias em oito anos desde sua publicação.[15]
Logo depois, o Iron Maiden se reuniu para trabalhar em um novo álbum de estúdio. Durante os estágios de pré-produção, Adrian Smith deixou a banda devido a diferenças com Steve Harris, em relação à direção que a banda deveria tomar, discordando do estilo "despojado" que eles estavam adotando. Janick Gers, tendo trabalhado no projeto solo de Dickinson, foi escolhido para substituir Smith, e se tornou o primeiro novo membro da banda em sete anos. O álbum, No Prayer for the Dying, foi lançado em outubro de 1990.[15]
Capa do Álbum No Prayer for the Dying [14]
Janick Gears [15]
O resultado final do álbum foi muito influenciado por uma decisão que Steve Harris tomou antes de começar a gravá-lo. Steve percebeu que o fato da banda ter se tornado uma gigante fez com que os shows, os discos, a produção, a divulgação e tudo o que estivesse relacionado com eles ficasse grandioso demais. Assim, ele decidiu que deveriam fazer algo mais simples, mais pés no chão. Isso afetou diretamente na produção do álbum, que é claramente inferior, principalmente se comparado ao Somewhere in Time ou a Sevent Son Of A Seventh Son. A inclusão de teclados, que foi maciça nesses dois discos, foi deixada de lado, fazendo com que as músicas fossem mais diretas. O álbum foi gravado em um estúdio do próprio Harris, e as músicas foram registradas praticamente ao vivo. Os shows também mudaram: os palcos enormes e cheios de efeitos foram substituídos por apenas um paredão de amplificadores Marshall, o que já seria um sonho para 99% das bandas. Duas faixas do álbum se tornaram singles, “Holy Smoke” e “Bring Your Daughter to the Slaughter”. Aprimeira já é um bom exemplo de outra mudança que ocorreu nesse disco, a questão lírica. O Maiden passou a falar de questões do dia a dia, e essa faixa é uma crítica a grupos religiosos que só se preocupam com a grana e deixam a espiritualidade de lado. [15]
Músicas e Inspirações
Tailgunner - (Artilheiro) nos traz de volta para as guerras aéreas na segunda guerra mundial, como em Aces High, tema que os caras nem gostam pelo jeito.
Desta vez a música nos leva para o bombardeio em Dresden, na Alemanha, entre 13 e 15 de fevereiro de 1945, pela RAF e USAAF (força aérea inglesa e estadunidense respectivamente). Este bombardeio chama a atenção pela força desproporcional utilizada pelas artilharias. A cidade estava cheia de civis, não tinha defesas fortes e militarmente não era interessante para os inimigos. Porém, o comandante da RAF, Arthur Harris convenceu a USAAF que o ataque era necessário para destruir as linhas de comunicação alemãs e diminuir a moral. Por muitos, o ataque foi considerado um crime de guerra, por outros o ataque fazia parte da estratégia assim como o ataque a várias outras cidades.[15]
Dresden - GER - pós bombardeios[15]
Estátua de Arthur Harris 1992 [15]
Em 1992, uma estátua de bronze foi erguida para Arthur Harris em Londres. O povo e imprensa mundial criticaram a homenagem devido as mortes teoricamente causadas por ele nos bombardeios a Dresden. Em sua biografia, Harris disse que o ataque a Dresden fazia parte da estratégia, e que era decisão de gente mais importante do que ele.[15]
Churchill era o primeiro ministro e ministro da defesa na época em que o ataque foi planejado. Ele não tomava parte em todas as decisões, mas em algumas delas. E o ataque a Dresden, além dos motivos citados antes, também ajudariam os russos.
Bruce Dickinson comenta a faixa em questão: "O título da música veio de um filme pornô, sobre sexo anal, então eu pensei: bem, eu não posso escrever sobre isso! Então eu escrevi sobre artilheiros de verdade. Eu tinha algumas frases que começavam com "Volte seu caminho 50 anos para a glória de Dresden, sangue e lágrimas". Eu sei que não devíamos mencionar a guerra, mas é sobre a atitude dos caras que bombardeiam. Era morte de verdade nos céus sobre eles. Mas não há mais artilheiros nos aviões, é tudo feito por computadores usando mísseis. Costumava ser homem a homem, mas agora, é máquina por máquina. Quem ainda usa balas?" [15]
Holy Smoke - Dá sequência ao álbum fazendo uma sátira contra a religião "Believe in me – Send no money, I died on the cross and that ain't funny", mais exatamente contra os pregadores hipócritas que existem na TV. Na música, a banda fala sobre Jimmy Reptile, que é na verdade Jimmy Swaggart, uma espécie de RR Soares ou Malafaia, um pregador que se aproveita do sentimento de culpa imposto sobre os cristãos para arrancar-lhes dinheiro. Bom, o santo homem foi pego duas vezes traindo a esposa, e em 1988 foi pego com prostitutas no Texas.[15]
Ilustração da música Holy Smoke[15]
No Prayer for the Dying - Existe um filme com nome parecido, A Prayer for he Dying (1987), mas a letra da música não tem relação com o filme. A letra fala sobre o sentido da vida, já o filme fala sobre um agente do IRA que explode um ônibus com crianças quando tentava explodir um caminhão com tropas. Após isso, ele deixa o IRA, porém a organização vai atrás dele para queima de arquivo...[15]
Public Enema Number One - Para você e nós nunca mais errarmos o nome da música: é Enema e não Enemy. Este é outro som em que o ânus alheio toma parte.
Enema é a introdução de um líquido no ânus para lavagem, purgação ou administração de medicamentos. Em filmes pornôs é muito utilizado antes do sexo anal. Quem vai explicar do que se trata esta música é o próprio Bruce Dickinson.
"Este som na verdade é sobre hipócritas verdes (ambientalistas). É sobre um cara grande com seu carro veloz, e ele está deixando a cidade em uma nuvem de fumaça com as crianças chorando de medo. Ele pegou sua viagem só de ida. Ótimo, até mais ver. Porque ele pode, ele deixa todos para trás, deixa as cidades superlotadas, armas, revoltas e parece que todos vão enlouquecer. Os políticos mentem para salvar sua própria pele, apostando que eles vão fazer a coisa certa e dão para a mídia bodes expiatórios a todo momento. A coisa toda é baseada entre New York e Los Angeles, e eu só espero que as crianças hoje em dia tenham mais cérebro do que os desgastados restos das gerações de 60 e 70. Califórnia sonha e a Terra morre chorando! É sobre isto, pessoas falando do meio ambiente e não fazendo nada. "[15]
Fates Warning - Fala sobre destino e só. [15]
The Assassin - Nos remete a mesma sensação da música "Killers", onde é narrada a sensação de um matador. Em Killers parecia mais um doidão, aqui é um cara sangue frio, mas ainda psicopata... muahahahaha!
Segundo Bruce a ideia era entrar na cabeça de um assassino. Ele não fazia por dinheiro, fazia porque achava legal, calcular, fria e sadicamente seus movimentos.[15]
Run Silent Run Deep - Baseada no romance do estadunidense, ex-oficial da marinha e escritor, Edward L. Beach Jr (1918 - 2002). Há também um filme de 1958 de mesmo nome. Edward participou da Batalha de Midway durante a segunda guerra mundial. Esta batalha foi travada entre EUA e Japão seis meses após o ataque japonês a Pearl Harbor, ela iniciou a guerra do Pacífico. Bruce havia escrito a letra para o álbum Somewhere in Time, até que neste álbum ele disse para Harris que esta letra se encaixava bem neste som. É uma música sobre batalhas no mar na segunda guerra mundial.[15]
Livro e filme que forceneram inspiração a música de mesmo nome[15]
Hooks on You - Este som faz parte da "Saga da Prostituta Charlotte". Aliás, há discussões se ela faz parte ou não. Nesta faixa há uma menção para 22 Acacia Avenue: "I got the keys to view at number 22".
Bruce novamente faz menções sexuais nesta faixa. O vocalista do Iron diz que estava a procura de uma casa para comprar, e em uma delas haviam três gays, um deles obviamente era sadomasoquista (com roupas de couro e tudo mais), e em um dos quartos haviam ganchos industriais parafusados nas vigas. Depois disso ele foi para casa e escreveu a letra. Ah, e ele não comprou a casa.[15]
Bring Your Daughter... to the Slaughter - A música foi feita para o filme A Hora do Pesadelo 5 (1989) e Harris gostou tanto que a colocou neste álbum. Fez certo, ela é uma das que salvam o álbum.[15]
Ilustração da musica Bring Your Daughter... To the Slayghter[15]
Mother Russia - Segundo Bruce Dickinson, "Mother Russia é sobre a tragédia de uma grande terra, que tem uma incrível história de ser invadida e as pessoas massacradas, por séculos, e a música diz: Não seria ótimo se a Russia finalmente se unisse agora e vivesse em paz?" A música não é uma homenagem a queda do regime comunista, pois, a URSS só caiu em 9 de dezembro de 1991, mais de um ano após o lançamento desse álbum. [15]
Depois de outra extensa turnê e algum tempo de folga, a banda gravou seu próximo álbum de estúdio, Fear of the Dark, que foi lançado em 1992. A faixa-título é agora um elemento regular nas listas de shows da banda. Alcançando seu terceiro número 1 na parada de álbuns do Reino Unido e número 12 na Billboard 200, o lançamento também incluiu o single número 2 "Be Quick or Be Dead", o single número 21 "From Here to Eternity", "Wasting Love" e o hino pacifista "Afraid to Shoot Strangers" baseado na Guerra do Golfo de 1991. O álbum contou com a primeira composição de Gers, e nenhuma colaboração entre Harris e Dickinson nas músicas. A extensa turnê mundial que se seguiu incluiu sua primeira etapa latino-americana e liderando os festivais Monsters of Rock em sete países europeus: Reino Unido, Alemanha, Espanha, França, Itália, Suíça e Suécia. Segunda apresentação do Iron Maiden em Donington Park, com lotação esgotada de 75.000 pessoas.[16]
Capa do álbum Fear of the Dark[16]
Em 1993, Bruce Dickinson deixou a banda para seguir sua carreira solo, mas concordou em permanecer para uma turnê de despedida e dois álbuns ao vivo . O primeiro, A Real Live One, apresentava músicas de 1986 a 1992 e foi lançado em março de 1993. O segundo, A Real Dead One, apresentava músicas de 1980 a 1984 e foi lançado depois que Dickinson deixou a banda. A turnê não correu bem, com Steve Harris alegando que Dickinson só se apresentaria adequadamente para shows de alto nível, e que em vários shows, ele apenas murmuraria no microfone. Dickinson negou que estivesse com baixo desempenho, afirmando que era impossível "fazer como Mr Happy Face se a vibe não estivesse certa", e que a notícia de sua saída da banda impediu qualquer chance de uma boa atmosfera durante a turnê. . Em 1 de maio de 1993, a banda se apresentou no "Primo Maggio Free Festival" em Roma, Piazza San Giovanni. De acordo com diferentes fontes, a multidão foi estimada entre 500.000 e um milhão de pessoas. A banda fez uma extensa turnê italiana e visitou a Rússia pela primeira vez, tocando três noites consecutivas no Estádio Olímpico de Moscou. Bruce fez seu show de despedida com o Iron em 28 de agosto de 1993. O show foi filmado, transmitido pela BBC e lançado em vídeo sob o nome Raising Hell.[16]
Em 1994, a faixa-título do álbum Fear of the Dark recebeu indicação para um prêmio de música americana no Grammy Awards na categoria "Melhor Performance de Metal". Aconteceu pela primeira vez na história da banda.[16]
Músicas e Inspirações
Be Quick of Be Dead - Fala sobre as pessoas que estão no poder e controlam nossas vidas, além de nos alertar a não sermos estúpidos e deixar que eles entrem em nossas mentes. Podemos exemplificar com uma parte da mídia (Globo e Fox), com algumas indústrias como as de tabaco, petróleo e farmacêuticas. Eles se agrupam e atuam como a máfia, comprando influências de políticos para aprovarem leis que os beneficiem, atacam seus inimigos e extorquem quando necessário. [16]
Ilustração da música Be Quick or Be Dead[16]
Robert Maxwell - Membro do parlamento britânico[16]
O homem sendo estrangulado pelo Eddie na capa do single é Robert Maxwell, membro do parlamento britânico e um megaempresário que tinha negócios por toda Europa. Após sua morte, foi descoberto um desvio de fundos que seriam de pensão aos seus trabalhadores para reforçar as ações do Grupo Mirror (o qual ele era proprietário) e tentar evitar a falência de suas empresas. A frase 'Maxwell pegou dinheiro do fundo de pensão' está escrita em um dos recortes de jornal na capa do single.[16]
ussia - Continua, e finaliza a "saga da puta Charlotte", quando ela se apaixona por um motociclista e deseja ir com ele daqui para a eternidade. O legal é que no vídeo da música quando ela se casa com o cara, que mais parece um servo de Satã, ele tem um parafuso e ela uma porca, que eles encaixam diante do senhor das trevas. Muito romântico.[16]
Ilustração da música From Here to Eternity[16]
Afraid to Shoot Strangers - Segundo Bruce, esta música é sobre a Guerra do Golfo, sobre guerras que são iniciadas por políticos e finalizadas por pessoas comuns, que na verdade não querem matar ninguém. A letra trata de como funciona a cabeça do soldado ao se preparar para uma batalha, suas dúvidas, seus medos, principalmente o de atirar em estranhos.
A Guerra do Golfo (1990-1991) foi iniciada após Saddam Hussein ordenar que o Kuwait fosse invadido por questões petrolíferas, os países do ocidente (EUA principalmente) não gostaram nada da situação - porque eles teriam problemas com os preços do petróleo - e com o aval da ONU, uniram-se para parar o Iraque. A guerra acabou em 28 de fevereiro de 1991, e com o sucesso da operação Tempestade no Deserto, o Kuwait foi liberado.
Este trecho da música: "The reign of terror corruption must end... And we know deep down there's no other way..." é um tanto discutível. Harris afirma que "O reino do terror tem que acabar e no fundo sabemos que não há outra alternativa".
A Guerra do Golfo é claramente uma guerra pelos interesses dos países ricos pelo petróleo. O Iraque era parceiro dos EUA poucos anos antes, e a família Bush tinha negócios com a família Bin Laden, então havia uma parceria, então acho que chamá-los de reino do terror é um tanto hipócrita para um inglês. E, porque de repente o mundo achou necessária a intervenção a favor do Kuwait? Tadinho! A questão era árabe, ninguém tinha que ir lá se intrometer. Mas...[16]
Fear is the Key - Esta música fala sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, a malditamente conhecida AIDS. A letra denuncia que a doença já fazia muito mal antes de a sociedade notar a morte de famosos causada pela doença - Freddie Mercury morreu em decorrência da AIDS um ano antes.
A AIDS teve seu primeiro caso clinicamente comprovado em 1981, com a identificação de homossexuais com o mesmo quadro clínico, no ano seguinte um bebê de 20 meses morreu por transfusão de sangue, mesmo ano em que se registrou o primeiro caso no Brasil. De lá para cá, a situação só piorou.[16]
Childhood's End - Mesmo título do romance de Arthur C. Clark (1953), mas não tem nada a ver com o livro. A música trata da dor, das guerras, da fome, da pobreza, da poluição e levanta uma relevante questão: será que vamos aprender algum dia?[16]
Wasting Love - Até quem não conhece o Maiden, já ouviu por aí. se alguém da sua família falar que o Maiden só toca música do capeta, faça-o ouvir este som sem mencionar de quem é, e faça a pergunta no final: "e aí, gostou?"
Uma música para quem gosta de preencher sua vida com relacionamentos que não valem a pena, só pelo prazer, sem que eles de fato signifiquem algo, e depois, quando a vida traz a conta, sofre por causa da solidão.[16]
Ilustração da música Wasting Love[16]
The Fugitive - Baseada na série de TV de mesmo nome, que foi transmitida de 1963 até 1967. O seriado trata do cirurgião Dr. Kimble que é acusado e preso injustamente por matar sua esposa. Enquanto é transportado em um trem, este descarrilha e ele consegue escapar. Agora ele terá que fugir da polícia e descobrir quem foi o real assassino![16]
Chains of Misery - Fala sobre o que os cristãos costumam imaginar: um diabinho nos ombros sussurrando para que você faça coisas ruins. Na música ele é representado como alguém que segura as correntes da miséria, aparecendo na forma de outras pessoas.[16]
The Apparition - Um som com dicas de Harris sobre como ter uma vida melhor, quais os sentimentos dele e medos. Ele faz isso na música usando uma espécie de espírito que se faz presente "quando o quarto fica frio".[16]
Judas Be my Guide - fala sobre nossa perda de valores, sobre como tudo está a venda, sobre como traímos a nós mesmos (daí, talvez, o Judas).[16]
Weekend Warrior - Uma música para os hooligans (em português, Vândalos), os guerreiros do fim de semana, que passam a semana toda em suas vidinhas e depois vão para torcer por seus times (ou torcer para suas torcidas) e arrumam confusão. Parecem viver apenas disso. Isso se assemelha ao tipo de "torcedor" que temos aqui no Brasil, os imbecis que vão para os estádios para caçar confusão, e ao invés de irem para incentivar seus times, atrapalham e ainda colocam vidas inocentes em risco.[16]
Fear of the Dark - A faixa fala sobre quando no escuro você tem medo de olhar para os cantos da parede por achar que existe algo te olhando; ou andar a noite e achar que ouviu passos atrás de você, aí você se vira, e não tem nada lá. Segundo Bruce, Steve Harris que escreveu a canção, tem medo do escuro.[16]
A banda ouviu centenas de fitas enviadas pelos vocalistas antes de convencer Blaze Bayley, ex-integrante da banda Wolfsbane, que havia apoiado o Iron Maiden em 1990, a fazer um teste para eles. A escolha preferida de Harris desde o início, Bayley tinha um estilo vocal diferente de seu antecessor e, finalmente, recebeu uma recepção mista entre os fãs.
Após um hiato de três anos de lançamentos em estúdio - um recorde para a banda na época - o Iron retornou em 1995. Lançando seu próximo álbum de estúdio, The X Factor, a banda teve sua posição mais baixa nas paradas desde 1981 para um álbum no Reino Unido. Depois de mais de dez anos de dominação constante do Iron Maiden nas pesquisas dos leitores da Kerrang! revista, o fundador da banda, Steve Harris, recebeu o prestigioso prêmio Kerrang Creativity.[17]
Iron Maiden com o cantor Blaze Bayley [17]
Capa do álbum The X Factor [17]
A banda excursionou pelo resto de 1995 e 1996, tocando pela primeira vez em Israel e África do Sul, Malta, Bulgária, Romênia na Europa e terminando nas Américas. O maior show de toda a turnê foi uma apresentação para 60.000 pessoas no festival Monsters of Rock em São Paulo, Brasil. O Maiden reservou locais menores, incluindo clubes, teatros e arenas de médio porte, especialmente nos Estados Unidos. A banda tocou em estádios e grandes arenas na América do Sul e ressurgiu com popularidade na Grécia. A produção do palco foi menor do que nos anos anteriores, mas incluiu muitos elementos pelos quais o Iron Maiden era famoso: dois Eddies, equipamento de iluminação móvel, cenário conceitual ou cenários. O décimo álbum de estúdio vendeu 1,3 milhão de cópias, o menor resultado de vendas desde 1981.
Após a turnê, o Iron Maiden lançou um álbum de compilação, Best of the Beast. A primeira compilação da banda, incluía um novo single, "Virus", em que a letra atacava os críticos, que recentemente haviam descartado a banda. Inicialmente, os músicos planejaram lançar uma compilação de vídeo, mas desistiram devido à qualidade insatisfatória da remasterização de vídeo disponível.[17]
Músicas e Inspirações
Sign of the Cross - A música começa com uma atmosfera sombria. A música faz menção ao livro The Name of the Rose (O nome da rosa), do escritor italiano Umberto Eco (1932) que por sua vez inspirou o filme de mesmo nome lançado em 1986, estrelando Sean Connery. A história nos leva para o 1327, época da "santa" inquisição, onde num mosteiro, vários monges são mortos por causa de um livro de Aristóteles.
A Santa Inquisição é resumidamente, instituições católicas surgidas na idade média, que visavam combater tudo que ia contra o que a igreja achava que era o certo. Se a igreja dissesse que a terra era um paralelepípedo com bordas arredondadas marrons e tinha cobertura de chocolate mongol, você não devia discordar, se o fizesse corria o risco de parar na fogueira por heresia.17]
"Eleven saintly shrouded men
Silhouettes stand against the sky
One in front with a cross held high
Come to wash my sins away"
"Onze homens santos envoltos
As silhuetas estão contra o céu
Um na frente com uma cruz erguida
Venha lavar meus pecados"
Quem são os tais 11 homens? Pode-se imaginar se são os 11 apóstolos de Jesus - Judas, o do beijinho, se matou. Muitos a comparam com a música do Genesis, Supper's Ready, (Foxtrot - 1972) por conta desse trecho, e porque a música também tem uma conotação religiosa.
"Six saintly shrouded men move across the lawn slowly.
The seventh walks in front with a cross held high in hand."
"Seis homens santos envoltos se movem lentamente pelo gramado.
O sétimo anda na frente com uma cruz bem alta na mão."
Outra interpretação nos leva a acreditar que trata-se de um homem frente a frente com a inquisição. Um homem que acredita ter pecado por ter duvidado de sua fé e que agora, merece a morte.[17]
The Name of the Rose, do escritor italiano Umberto Eco (1932) [17]
Lord of the Files - Baseada na novela de mesmo nome do escritor inglês, William Golding (1911 - 1993). Sinopse: Após um terrível acidente aéreo, um grupo de crianças vê-se perdido numa ilha deserta. Ao perceberem as dificuldades de socorro, os meninos unem-se para fazer frente ao medo e ao desespero. Mas a medida que se apossam da ilha, cresce um sentimento de competição e de luta pelo poder, que os divide em dois grupos.
Diferente de outras histórias que mostram seres humanos em condições extremas tentando se ajudar mutuamente (e um ou outro mais agressivo), este livro mostra o "dark side" do ser humano, no papel de crianças, que se mostram cada vez mais selvagens com o passar do tempo. Há também versões para o cinema lançadas em 1963 e 1990.[17]
Versões para o cinema lançadas em 1963 e 1990[17]
"Senhor das moscas" é um dos nomes dados para Beelzebuth, o terceiro dos três deuses do inferno, sendo Lúcifer e Leviathan (ou Astaroth) os outros dois. [17]
Man on the Edge - Baseada no filme de Joel Schumacher, Falling Down (1993), onde um cara (interpretado por Michael Douglas) de meia idade que trabalha num escritório, fica puto com o estresse da vida na selva de pedra, sai pela cidade encarando qualquer um que o tire do sério![17]
Fortunes of War - Fala do estado mental de um soldado sobrevivente da guerra, neste caso um estado de Estresse Pós Traumático (PTSD - Post Traumatic Stress Disorder) que é reconhecidamente uma doença. O cara não consegue dormir direito, quando dorme, tem medo o tempo todo, as cenas da guerra ficam passando em sua mente todo o tempo e ele não consegue separar a realidade da ilusão:[17]
Look for the Truth - Fala sobre lutar contra as coisas ruins do passado que te afligem, torturam, angustiam, atormentam... pois esta luta é a única forma de acabar com estas memórias: "Weakness I hide so well This dagger in my mind will tell".[17]
Judment of heaven e 2 A.M. - Ambas falam do sentido da vida melancólicamente.[17]
The Aftermath - Questiona a guerra, o refrão da música nos traz interessantes questionamentos:
"Na lama e na chuva, pelo que estamos lutando, vale a pena a dor, vale a pena morrer por quem vai levar a culpa, por que eles fizeram uma guerra, perguntas que vêm de novo, deveríamos estar lutando?"
"Depois da guerra
Deixou o sentimento de que ninguém ganhou
depois da guerra
O que um soldado se torna"
Blood on the World's Hands - Fala sobre a Guerra da Bósnia (1992 - 1995). Antes de falar sobre a guerra da Bósnia, preciso falar da Iugoslávia. O Reino da Iugoslávia surgiu em 1929, unindo os povos sérvios, croatas e eslovenos. Depois da segunda guerra mundial, Josip Broz Tito, do partido comunista, conseguiu unir o país em 6 repúblicas e 2 províncias autônomas: Bósnia e Herzegovina, Croácia, Macedônia, Montenegro, Eslovênia, Sérvia e as províncias do Kosovo e Voivodina.[17]
Uma bomba relógio estava armada, imaginem: 5 povos, 4 idiomas (esloveno, macedônio, albanês e servo-croata), 3 religiões (muçulmanos, católicos romanos e ortodoxos), 2 alfabetos (cirílico e latino) e 1 partido, o comunista, no centro de tudo isso.
Em 1980 Tito morreu, isso foi o início do fim, pois era ele quem conseguia manter este sistema todo funcionando. Em 1991, Croácia, Eslovênia e Macedônia tornaram-se independentes, e Sérvia e Montenegro se uniram para formar a República Federal da Iugoslávia.
Em 1992, a Bósnia quis se separar... aí a coisa fica feia. A Bósnia era formada principalmente por macedônios e sérvios, e estes sérvios eram contra a independência. Os sérvios se uniram aos croatas para acabar com os bósnios. A maioria dos bósnios era muçulmana, a maioria dos sérvios e croatas eram católicos, e este foi outro fator para explosão da guerra.[17]
A música faz menções ao mundo que pouco fez para intervir na guerra "Nobody seems to worry The world seems to powerless to act". A ONU prometeu proteção a cidades da Bósnia, mas não cumpriu seu papel, e a Bósnia sofreu duramente com isso. No fim de três anos de guerra, 200 mil pessoas foram mortas. Em dezembro de 1995, foi assinado o acordo em Dayton, no estado de Ohio, nos EUA, que finalizou a guerra. Quando The X Factor foi lançado, a guerra ainda não havia acabado, isso em parte explica o clima em que este álbum foi escrito. Outro fator pode ter sido a separação de Harris de sua até então esposa, Lorraine, em 1993. Neste casamento Harris teve 4 filhos: Lauren, Kerry, Faye e George. Hoje ele está com Emma, com quem teve mais dois filhos: Stanley e Maisie.
A guerra da Bósnia foi marcada por seus crimes, com limpezas étnica, a utilização de estupros como arma de guerra para aterrorizar o povo além do longo cerco a cidade de Sarajevo.[17]
The Edge of Darkness - Baseada no filme Apocalipse Now (1979) que por sua vez foi inspirado no romance Heart of Darkness (1902) do escritor polonês Joseph Conrad (1857 - 1924), que também ganhou uma versão para o cinema.[17]
Percebam o som dos helicópteros no início da música. Se você já viu o filme perceberá que a música descreve a jornada do capitão Willard (interpretado por Martin Sheen) na selva do Camboja na época da guerra do Vietnã, para matar o coronel Kurtz (Marlon Brando) que havia enlouquecido.
A letra da música utiliza frases do filme, como em "What I wanted was a mission And for my sins they gave me one ... And when that mission was all over I'd never want another one".[17]
O filme e o livro de Conrad mostram Kurtz inicialmente como um homem bom, justo e inteligente, que após vivenciar certas tragédias em sua jornada, acaba se corrompendo e tomando o poder para si próprio. Mostra que mesmo pessoas racionais quando são levadas a situações extremas podem usar dessa mesma racionalidade para terem atitudes monstruosas.[17]
The Unbeliever - Fala de sofrimento, perda de auto estima e que por toda vida o autor tem fugido e se escondido:[17]
Em 1998, o Iron Maiden lançou o Virtual XI, cujas pontuações nas paradas foram as mais baixas da banda até hoje, não conseguindo marcar um milhão de vendas mundiais pela primeira vez na história da banda. O álbum alcançou a posição 16 no Reino Unido; o mais baixo da banda para um novo registro de estúdio. Ao mesmo tempo, Steve Harris ajudou na remasterização de toda a discografia da banda, incluindo Live at Donington (que foi lançado pela primeira vez). Virtual XI apresenta os singles "The Angel and the Gambler" e "Futureal", assim como a obra épica intitulada "Clansman" e a balada poderosa "Como Estais Amigos" dedicada a todas as pessoas que morreram na Guerra das Malvinas. "Futureal" ficou por duas semanas na primeira posição nas paradas da US Metal Radio.[18]
Capa do Álbum Virtual XI [18]
Antes do lançamento do álbum, a banda organizou uma turnê publicitária na qual eles realizaram partidas de futebol em diferentes países europeus com alguns músicos convidados e jogadores de futebol profissional do Reino Unido e da Europa. Seguindo os sets de palco mais "de volta ao básico" que eles estavam usando após a Seventh Tour of a Seventh Tour de 1988, eles voltaram a uma concepção de um cenário elaborado. Os músicos e a administração afirmaram que a Virtual XI World Tour traria um "show massivo, com enorme produção, incluindo quantidades de pirotecnia no nível do estádio". Eles também anunciaram a participação de Dave Lights, que fez sua iluminação e efeitos na década de 1980. A gerência reservou mais arenas e estádios de médio porte na América Latina, incluindo um show principal no festival Monsters of Rock em Buenos Aires, Argentina como o show final da turnê. Por fim, a banda usou cenários maiores, equipamentos de iluminação mais elaborados, um cenário conceitual e uma cabeça e mãos infláveis de Eddie que abraçavam os dois lados do palco. Os fãs não viram a pirotecnia e o tipo de produção comparável aos cenários monumentais dos anos 80, conforme anunciado anteriormente. A turnê foi uma grande decepção, tanto para os músicos quanto para os fãs.
O mandato de Bayley no Maiden terminou em janeiro de 1999, quando ele foi convidado a sair durante uma reunião da banda. A demissão ocorreu devido a problemas que Bayley havia experimentado com sua voz durante a Virtual XI World Tour, embora Janick Gers tenha afirmado que isso foi parcialmente culpa da banda por forçá-lo a tocar músicas fora do alcance natural de sua voz.[18]
Enquanto o grupo estava considerando um substituto para Bayley, Rod Smallwood convenceu Steve Harris a convidar Bruce Dickinson de volta para a banda. Embora Harris tenha admitido que "não estava realmente interessado" no início, ele então pensou: "'Bem, se a mudança acontecer, quem devemos buscar?' A coisa é, nós conhecemos Bruce e sabemos do que ele é capaz, e você pensa, 'Bem, melhor o diabo que você conhece.' Quer dizer, nós nos demos bem profissionalmente por, tipo, onze anos, e então... depois que eu pensei sobre isso, eu realmente não tive nenhum problema com isso."[18]
A banda entrou em conversações com Dickinson, que concordou em voltar durante uma reunião em Brighton em janeiro de 1999, junto com o guitarrista Adrian Smith, que foi chamado algumas horas depois. Com Gers, o substituto de Smith, permanecendo, o Iron Maiden agora tinha uma formação de três guitarras (chamada "The Three Amigos"), e embarcou em uma turnê de reunião de enorme sucesso. Apelidada de The Ed Hunter Tour, ela está ligada à recém-lançada coleção de grandes sucessos da banda, Ed Hunter, cuja lista de faixas foi decidida por uma pesquisa no site do grupo, e também continha um jogo de computador com o mesmo nome estrelado pelo mascote da banda. A turnê de reunião de 1999 foi o maior empreendimento em termos de produção desde Fear of the Dark Tour 1992. A banda visitou a América do Norte e vários países europeus para apresentar o show conceitual inspirado em cenas do jogo. O Iron Maiden usou um palco de duas partes relacionado aos gráficos do jogo promovido, três telas móveis cercadas por rampas de luz, projetores, grandes cenários, pirotecnia (pela primeira vez desde 1988), adereços coloridos, visuais e dois tipos de Eddie no versão conhecida do jogo. O equipamento viajou em sete caminhões enormes.[18]
Ilustração da Turnê
Músicas e Inspirações
Future Real - Abre com o tema do "cyber vício", pessoas viciadas em jogos online, que de tanto levarem o jogo a sério, em algum momento não sabem mais a diferença entre a realidade e o mundo virtual. O som parece ser uma nota de suicídio, por causa desse verso: And when you're reading this, then I will be gone / Quando você ler isto, eu já terei partido.[18]
The Angel and the Gambler - Nos fala novamente de vício em jogos, mas neste caso, fala de um apostador compulsivo Roll of the dice Take a spin of the wheel / Lance os dados, gire a roleta. Na letra há um anjo que tenta argumentar com o jogador para que ele abandone o vício.[18]
Ilustração da música [18]
Lightning Strikes Twice - Fala sobre a sensação que se tem durante uma tempestade, e faz um paralelo com situações complicadas em nossas vidas, questionando se uma mesma situação ruim pode se repetir, como se um raio cairá duas vezes no mesmo lugar.[18]
The Clansman - Alexandre III morre em 1286, e sem herdeiros deixa aberta a briga entre a coroa escocesa e inglesa. John Balliol venceu a disputa com ajudinha do rei inglês Eduardo I, porém enfrentou oposição dos barões escoceses. Várias guerras se seguem em busca da independência escocesa.
William Wallace foi um dos que iniciou as rebeliões, chamando a atenção das pessoas comuns e nobres, entre eles Robert The Bruce. Em 1297 os nobres se renderam aos ingleses, William e Moray uniram os rebeldes ao redor do castelo de Stirling, onde derrotaram as forças inglesas que caíram em uma armadilha numa ponte, Moray morre na batalha.[18]
FIlme Coração Valente - com Mel Gibson[18]
Ilustração da música The Clansman [18]
Em 1298 os escoceses perderam em Falkirk e Wallace foi obrigado a renunciar seu cargo de Alto Protetor da Escócia, cargo concedido por Bruce. Em 1304 John Mentieth captura Wallace, que é executado dias depois.
As alemães do Grave Digger fala sobre a história da independência da Escócia em seu ótimo álbum, Tunes of War. Falando em independência, parte da população escocesa deseja a separação da Escócia do Reino Unido.[18]
When Two Worlds Colide - Fala sobre a colisão de dois corpos, podendo ser um asteroide colidindo com o planeta Terra, conforme a letra. Em 1998 dois filmes sobre o assunto foram lançados: Impacto Profundo e Armageddon. Ambos os filmes tratam de colisões com a Terra que são evitadas com a explosão dos corpos com bombas colocadas em seus interiores por astronautas. No caso do primeiro filme são dois cometas quem vem na direção da Terra, e no segundo filme, um asteroide.[18]
The Educated Fool - Fala sobre o sentido da vida, de novo, aqui temos um bobo educado, alguém que não sabe o que quer da vida, que faz aquilo que lhe é mandado fazer, alguém que sente que precisa começar sua vida do zero, e mostrar para que veio.[18]
Don't Look to the Eyes of a Stranger - Fala sobre alguém que se sente perseguido. Ela parece ser o outro lado das músicas Killers e The Assassin, que apresentam perseguidores, mas é só uma hipótese,[18]
Como Estais Amigo - É uma homenagem aos argentinos mortos pelos ingleses na Guerra das Malvinas (Falklands War) em 1982. As ilhas são de domínio inglês desde 1833. A ditadura militar argentina deu golpe em 1976, e uma de suas propagandas ideológicas nacionalistas era a retomada das Ilhas Malvinas (aquela velha estrategia de unir o povo em um objetivo comum). Em 1980 a Argentina ia de mal a pior: economia em queda, aumento da pobreza, desemprego, recessão, inflação e etcetera. O General Leopoldo Fortunato Galtieri assume o governo, e aproveita o momento de crise para tentar levantar a moral do povo argentino e aumentar o apoio ao governo, claro. O governo argentino cometeu vários erros de análise da situação, achando que invadiria a ilha e a Inglaterra não iria responder ao ataque, apenas negociaria diplomaticamente. Achavam também que teriam o apoio dos EUA. Nem uma coisa nem outra...
...1983 seria ano de eleição na Inglaterra, e Margaret Thatcher não iria sofrer a humilhação de perder a ilha e talvez a eleição. Segundo uma pesquisa de opinião na Inglaterra, 28% dos entrevistados disseram que a vitória ou derrota na guerra influenciaria diretamente no voto. Acha que ela não ordenaria o ataque?. Leopoldo Galtieri, lança uma invasão às ilhas em abril de 1982 e tomam a capital do arquipélago, Stanley. No final de abril, 28 mil soldados ingleses em cem navios chegaram ao arquipélago, e enfrentaram a tropa argentina com 12 mil soldados nas ilhas e cerca de 40 navios...
...75 dias depois, fim da guerra: 649 soldados argentinos mortos, 255 britânicos e 3 civis; enfraquecimento do governo militar argentino que caiu em 1983, aumento dos problemas econômicos e sociais, sanções comerciais da comunidade internacional; ONU se mostra inútil, de novo; fracasso do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca; fortalecimento do governo de Margaret Thatcher, que venceu as eleições em 1983.[18]
Uma das principais preocupações de Dickinson ao se juntar ao grupo "era se estaríamos de fato fazendo um álbum de última geração e não apenas um álbum de retorno", que eventualmente tomou a forma de Brave New World, de 2000. Tendo não gostado dos resultados do estúdio pessoal de Harris, o Barnyard Studios localizado em sua propriedade em Essex, que havia sido usado nos últimos quatro álbuns de estúdio do Iron Maiden, a banda gravou o novo lançamento no Guillaume Tell Studios em Paris, França, em Novembro de 1999 com o produtor Kevin Shirley. O novo lançamento foi promovido por dois singles "The Wicker Man" e "Out of the Silent Planet", ambos alcançando sucesso na parada de singles do Reino Unido. As influências temáticas continuaram com "The Wicker Man" - baseado no filme cult britânico de 1973 de mesmo nome - e "Brave New World" - um título retirado do romance de Aldous Huxley de mesmo nome. O álbum promoveu o som mais progressivo e melódico presente em algumas gravações anteriores, com elaboradas estruturas de música e orquestração de teclado. O álbum foi um sucesso comercial e artístico e é considerado um clássico moderno ao lado dos lançamentos da banda dos anos 80. Brave New World ficou em 7º lugar nas paradas de álbuns do Reino Unido e 39º na Billboard 200 e Top 5 em muitos outros territórios, e eventualmente foi ouro e platina em uma dúzia de outros países em todo o mundo. O álbum restabeleceu a banda como uma "potência do metal".[19]
Capa do Álbum Brave New World [19]
Capa do Álbum Live At Rock in Rio
Live At Rock in Rio
A turnê mundial de reunião que se seguiu consistiu em mais de 100 datas (incluindo 31 shows da turnê de 1999), e culminou em 19 de janeiro de 2001 em um show no festival Rock in Rio no Brasil, onde o Iron Maiden tocou para um público de mais de 250.000. Enquanto a performance estava sendo produzida para um CD e um DVD de grande sucesso lançado em março de 2002, sob o nome Rock in Rio, a banda tirou um ano de turnê, durante o qual eles fizeram três shows consecutivos na Brixton Academy em auxílio do ex-baterista Clive Burr, que havia anunciado recentemente que havia sido diagnosticado com esclerose múltipla. A banda realizou mais dois shows para a instituição de caridade do Burr's MS Trust Fund em 2005, e 2007, antes de sua morte em 12 de março 2013.[19]
Clive Burr, ex-baterista do Iron Maiden [19]
Durante a turnê de 2000-2002, o Maiden fez 91 shows para mais de dois milhões de pessoas em 33 países. A banda visitou grandes arenas, estádios e se apresentou nos maiores festivais. A turnê mundial apelidada de "Metal 2000 Tour" foi um grande empreendimento, cujo principal objetivo era restaurar a glória dos shows da banda dos anos 80. O Iron Maiden usou um enorme equipamento de iluminação com partes móveis e 600 lâmpadas, pirotecnia, um Eddie ambulante e um grande Eddie de vime com dançarinos no centro, uma cruz em chamas levantando Bruce Dickinson, ao lado de cenários e cenários conceituais relacionados ao álbum Brave New World ilustração da capa. Além de seu sucesso nas turnês, a banda foi duas vezes indicada ao Grammy Awards anual e recebeu o International Achievement Award no Ivor Novello Awards de 2001, em reconhecimento ao reinado do Maiden como uma das maiores exportações musicais da Grã-Bretanha. Maiden foi aclamado como o grupo de metal britânico de maior sucesso no British Channel 4, e o álbum The Number of the Beast foi incluído na prestigiosa série "Classic Albums" da Eagle Vision. Em 2001 a banda ganhou um gongo no Online Music Awards Germany na categoria "Best Artist Website".[268]
Em novembro de 2002, o Maiden lançou sua terceira compilação "Best of" Edward the Great, e uma edição limitada de um caixão de metal de colecionador muito especial intitulado Eddie's Archive. A caixa especial incluía três CDs duplos: BBC Archives, Beast over Hammersmith e Best of the 'B' Sides com gravações ao vivo exclusivas dos Reading Festivals 1980 e 1982, Monsters of Rock Festival de Donington 1988, BBC Rock Friday 1979, músicas de B-sides de singles particulares e uma gravação ao vivo do Hammersmith Odeon 1982 de Londres em sua totalidade. Como lembrança especial dos fãs, a caixa incluía um pergaminho com a árvore genealógica da banda (por Pete Frame), um copo personalizado e um anel de metal.
Comp. Best of Edward the Great [19]
Músicas e Inspirações
The Wicker Man - Fala sobre o egoismo do ser humano e do nosso desinteresse sobre a vida em geral. Ele cita um personagem interessante da mitologia grega: o barqueiro (ferrymen) Caronte.
"Caronte, velho e esquálido, mas forte e vigoroso, que recebia em seu barco passageiros de todas as espécies, tão numerosos quanto as folhas no outono. Todos se aglomeravam para passar, mas o barqueiro só levava aqueles que escolhia, empurrando os restantes para trás. Aqueles que são acolhidos a bordo do barco são as almas dos que receberam os devidos ritos fúnebres. Os espíritos dos outros, que ficaram insepultos, não podem passar o rio, mas vagueiam cem anos acima e abaixo de sua margem, até que finalmente sejam levados".[19]
Caronte fazia a travessia das almas dos mortos para o outro lado, para Hades, sobre as águas dos rios Estige e Aqueronte. Era comum na Grécia Antiga o enterro dos mortos com uma moeda sobre a boca, ou dentro dela para o pagamento do barqueiro. Quem não tinha essa moeda era o povo que ficava vagando.[19]
"The shadow of the Wicker man is rising up again". O filme The Wicker Man (original de 1973, e remake de 2006) inspirou a citação da frase na música.
O Wicker Man (o homem de vime ou homem de palha), era uma estátua representando um ser humano, era usada pelos druidas em um ritual muito legal. Eles colocavam coisas vivas dentro do homem de palha, como animais e às vezes seres humanos, tacavam fogo neles, pegavam as cinzas e espalhavam pelos campos para fertilizá-los! Há quem desconfie dos sacrifícios humanos pois não houveram testemunhas oculares.[19]
The Ghost of Navigator - É uma metáfora sobre a vida. O mar é a vida, a rota para o oeste é a morte, pois é onde o sol se põe. O timoneiro do navio somos nós que viajamos durante a noite, que é a representação da escuridão, do desconhecido. E durante o dia, o sol é encoberto pelas nuvens, mas mesmo assim seguimos adiante.[19]
Blood Brothers - Fala da relação de Steve Harris com seu pai. Isso fica evidente neste trecho:[19]
"Just for a second a glimpse of my father I see
And in a movement he beckons to me
And in a moment the memories are all that remain
And all the wounds are reopening again".
Livro: Brave New World, de Aldous Huxley [19]
Brave New World - (Admirável Mundo Novo), é uma grandiosa obra do escritor inglês Aldous Huxley (1894–1963). O livro descreve uma sociedade extremamente científica, onde as pessoas são pré-condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente a viverem em harmonia com as leis e regras sociais da sociedade, essa sociedade não possui ética religiosa e valores morais. Qualquer dúvida e insegurança dos cidadãos era dissipada com o consumo da droga sem efeito colateral aparente chamada "soma". As crianças têm educação sexual desde os mais tenros anos da vida. O conceito de família também não existe.[19]
The Mercenary - fala sobre um mercenário, assim como em "The Assassin", que fala de um assassino.[19]
Dream of Mirrors - Outra faixa sobre os sonhos de Harris. O cara sonha e faz a música depois. A música fala do lado escuro das coisas, sobre pensamentos, sobre o conflito realidade X ilusão. Algo citado na música, é o tal do sonho em preto e branco "I only dream in black and white".
Sim, existem pessoas que sonham em preto e branco (ou em tons pastéis) mas são poucas. É uma discussão que existe desde os anos 50. Os estudos foram mostrando que o número de pessoas que sonhavam colorido aumentava, conforme o aumento de pessoas com TV colorida.[19]
The Fallen Angel - Fala sobre a batalha do bem contra o mal, que segundo Harris, supostamente, acontece dentro de nós.
Azazel é um anjo caído (Fallen Angel) ou é um lugar ou é aquele que é mandado embora. Ele é mencionado no velho testamento (Torá), em Levítico 16. Onde Arão fala de dois bodes, um que é sacrificado para deus e outro que é enviado para Azazel.
Azazel - O anjo caído [19]
No dia da expiação, Yom Kippur, é feito um rito onde um bode "recebe" todos pecados do povo de Israel, e é enviado para o deserto como forma de expiação, daí o nome, bode de expiação, no inglês, escape goat.
Azazel é o lugar para onde o bode vai, ou, ele é o demônio quem reclama por este bode. A maioria das fontes apontam Azazel como um anjo caído.[19]
The Nomad - Os 9 minutos de "The Nomad" falam sobre a vida de um nômade, um cara sem destino (é discutível) que vive de um lado para o outro no deserto. Os seres humanos antes de descobrirem a agricultura eram basicamente nômades, ficavam num local até que a comida ficasse escassa, ou ficasse muito perigoso. Graças a agricultura o povo tornou-se sedentário, começou a se concentrar, concentrar ... até chegar nesse caos que é hoje. Porém, ainda assim muitos povos não pararam com sua vida de errantes, e continuam na sua lida de nunca ficarem parados num lugar só, seja na tundra, seja no deserto, seja nas grandes cidades.[19]
Out of the Silent Planet - Inspirado no filme de 1956, The Forbidden Planet, com o jovem Leslie Nielsen. O filme é baseado na peça A Tempestade de Shakespeare... é, a mesma peça que inspirou o nome Brave New World de Huxley. Este filme inspirou Star Trek, A música tem uma interpretação bem ampla, por exemplo, em "Withered hands, withered bodies begging for salvation" pode ser considerado o sofrimento das pessoas que pedem por salvação ou por uma vida melhor; "Deserted by the hand of gods of their own creation" aqui as pessoas foram abandonas pelos deuses que elas mesmas criaram, ou seja, todo aquele castelo de areia, de ilusões dos mitos, não mais existe, como de fato nunca existiu, o que existe apenas é a dura e cruel realidade, e por aí vai. O planeta silencioso, parece ser a Terra.[19]
Filme: The Forbidden Planet[19]
The Thin Line Between Love and Hate - novamente de bem e mal, sobre a linha tênue que os separa, aquele velho conceito judaico-cristão.[19]
Em junho de 2003, o Iron Maiden lançou uma compilação de vídeo promocional em DVD duplo intitulada Visions of the Beast, que foi multi-platina em todo o mundo. No mesmo período, a banda iniciou uma turnê promocional para o novo DVD e o próximo álbum. A etapa de verão da turnê foi intitulada Give Me Ed... 'Til I'm Dead Tour e incluiu 57 shows na Europa e América do Norte. Eles tocaram em arenas cobertas, estádios, anfiteatros americanos e encabeçaram grandes festivais como Roskilde, Heineken Jammin' Festival, Rock am Ring e Rock im Park (participação combinada de 130.000) e o primeiro Download Festival realizado em Donington Park como sucessor de Monsters of Rock.
A etapa espanhola da turnê de 2003 durou nove shows, com 160.000 fãs presentes. Este foi o recorde de público de maior sucesso para a banda naquele território na carreira da banda. Mais 28 shows foram feitos na Europa para 720.000 fãs e o Maiden visitou os EUA e Canadá para fazer 29 shows para milhões de milhares de pessoas. Os fãs foram brindados com material clássico, juntamente com a nova música "Wildest Dreams", o primeiro single promocional do próximo álbum de estúdio. A turnê foi outra atração visual, o cenário e o tema referindo-se às encarnações mais populares de Eddie junto com todos os efeitos de iluminação e pirotecnia que os fãs esperavam. Houve também uma lobotomia pública do mascote do grupo durante a música "Iron Maiden".
Após a turnê Give Me Ed... 'Til I'm Dead no verão de 2003, o Iron Maiden lançou Dance of Death, seu décimo terceiro álbum de estúdio, que foi recebido com sucesso comercial e de crítica em todo o mundo. O álbum alcançou o segundo lugar na parada de álbuns do Reino Unido e o número 18 na Billboard 200. Produzido por Kevin Shirley, agora produtor regular da banda, muitos críticos sentiram que este lançamento combinava com seus esforços anteriores, como Killers, Piece of Mind e The Number of the Beast. Como de costume, referências históricas e literárias estavam presentes, com "Montségur" em particular, com foco na fortaleza cátara conquistada em 1244, e "Paschendale" relacionado à significativa batalha que ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial. O álbum apresenta os singles de sucesso "Wildest Dreams" e "Rainmaker", juntamente com a épica faixa-título e a favorita ao vivo "No More Lies". No More Lies foi lançado como um EP em 29 de março de 2004 e apresentou a faixa ao lado de uma versão orquestral de Paschendale e uma versão 'elétrica' da música "Journeyman".
Capa do álbum Dance of Death[20]
"Journeyman", uma saída para a banda, apareceu no álbum como uma balada principalmente acústica, algo que não havia sido tentado desde que a música "Prodigal Son" apareceu em Killers em 1982. O álbum também divulgou a primeira música de todos os tempos. composta pelo baterista Nicko McBrain intitulada "The New Frontier". A banda gravou o álbum no Sarm West Studios de Londres, que eles usaram novamente para o álbum seguinte em 2006.[20]
A Dance of Death Tour 2003–04 começou em setembro de 2003 e foi a turnê mais teatral da banda até hoje. O palco retratava um castelo medieval com portões de abertura, estátuas do Ceifador em ambos os lados do palco, grandes torres e duas versões de Eddie como o personagem sinistro do Ceifador.
Bruce Dickinson usou muitos adereços e fantasias, como um sinistro casaco preto, máscaras de carnaval, um trono e um uniforme e capacete da Primeira Guerra Mundial. Durante a apresentação de "Paschendale", os fãs testemunharam o palco sendo transformado em campo de batalha, com manequins de soldados falecidos, trincheiras, arame farpado e barricadas, e o sistema de iluminação imitando flashes de explosões que ecoavam pelo potente sistema de som.
Live Death on the Road 2005
O Iron Maiden fez 53 shows visitando arenas cobertas europeias, América do Norte, estádios latino-americanos e Japão. Durante a turnê, os membros da banda participaram de eventos de futebol beneficentes chamados Music Soccer Six. Em 2004, o Iron Maiden recebeu o Special Achievement Award nos prêmios Nordoff-Robbins Silver Clef. Durante a turnê do álbum, a apresentação da banda em Westfalenhalle, em Dortmund, Alemanha, foi gravada e lançada em agosto de 2005 como um álbum ao vivo e DVD, intitulado Death on the Road.
Em 2005, a banda anunciou a Eddie Rips Up the World Tour, que, combinando com seu DVD de 2004 intitulado The History of Iron Maiden – Part 1: The Early Days, só apresentava material de seus quatro primeiros álbuns e foi o primeiro de três turnês retrospectivas na série "História do Iron Maiden" referente aos anos 80. Como parte dessa celebração de seus primeiros anos, o single "The Number of the Beast" foi relançado e foi direto para o terceiro lugar no UK Chart. A turnê incluiu muitos estádios e datas de festivais, incluindo uma apresentação no Estádio Ullevi, na Suécia, para um público de quase 60.000 pessoas. Este concerto também foi transmitido ao vivo pela televisão por satélite em toda a Europa para aproximadamente 60 milhões de espectadores. A turnê foi o primeiro passo para transformar o renascido Iron Maiden em uma proibição do tamanho de um estádio.[20]
Músicas e Inspirações
Wildest Dreams - Fala sobre reorganizar a vida, deixar o passado para trás e realizar os sonhos mais selvagens.[20]
Rainmaker - Fala novamente sobre a vida, faz uma metáfora com a chuva que cai no deserto que rapidamente faz com que as plantas cresçam, mudando o estado do local em pouco tempo. Só não se sabe quem é o personagem que é capaz de "fazer chuva". Rainmaking (fazer chuva) é um ritual adotado por alguns povos para invocar a chuva. Os mais conhecidos são os índios do sudoeste dos EUA (Novo México, Arizona). Nas épocas secas (por volta de agosto), homens e mulheres se reúnem para a dança. Eles colocam uma roupa especial, adereços na cabeça e joias como a turquesa (que representa a chuva) só para este momento. A dança é tipo um ziguezague em direção circular.[20]
Ilustração da música Wildest Dreams[20]
Ilustração da música Rainmaker[20]
No More Lies - Steve Harris novamente fala sobre a possibilidade da vida após a morte. Neste álbum do Maiden, no encarte, há uma descrição sobre cada faixa, com citações dos próprios membros da banda.[20]
O que o Harris fala desta música:
"Pensar sobre a morte é algo que passa pela cabeça de todo mundo em algum ponto da vida. Eu acho que a ideia do que vem depois (da vida), quer você creia em vida pós morte ou não, nos traz muitas ideias e emoções diferentes. Algumas pessoas admitem ficar com medo da ideia de morrerem, enquanto outras não se incomodam. É que nem ter medo do escuro, é algo que muitas pessoas relatam, mas nunca admitem, e provavelmente este seja o porquê de ser uma música tão popular. As pessoas assustadas e intrigadas pelo desconhecido e isto é algo muito forte. Novamente, talvez é só algo que está mais na minha cabeça do que na dos outros".[20]
Ilustração da música No More Lies[20]
Montségur - Resultado do inspirado Bruce após uma viagem ao sul da França, onde ficou sabendo das histórias sobre o lugar e colocou neste som. Montségur fica apenas alguns quilômetros da Espanha e quase 800 Km de Paris,
Apesar do nome da música, ela trata sobre os cátaros, povo que viveu no Sul da França (Languedoc) nos séculos X e XI. Eram nada mais, nada menos que cristãos que pensavam diferente da igreja católica, a quem eles chamavam de "A Igreja dos Lobos", e tinham crenças diferentes dela. Eles eram divididos em credenti (crentes) que era a maioria da população, e os perfecti (perfeitos) que eram os líderes (homens e mulheres, quase que igualmente, vejam só). Chamavam-se a si mesmos de bons hommes e bonnes femmes (bons homens e boas mulheres). Eles falavam provençal e não francês.
Fortaleza de Montségur, Sul da França [20]
Acreditavam que tudo aquilo que era espírito, era divino, feito por Deus, e tudo aquilo que era matéria, mundano, era escuridão, feito por um deus mundano, que podia se associar com satã. Acreditavam que no mundo da matéria existem centelhas divinas, e estas tem de ser encontradas pelos seres humanos para que estes se libertem. Para tanto, o ser humano precisa se distanciar o quanto puder da vida mundana para não se contaminar e dificultar sua busca, algo não muito longe do Budismo, se você parar para comparar.
O catarismo cresceu rapidamente e a região ocupada por eles ficava entre Paris e a Espanha. Isso não interessava o reinado francês nem o Vaticano. Com a chegada do papa Inocêncio III, e, 1198, a igreja começou a tentar a conversão dos hereges. Ele suspendeu bispos no sul da França, até que em 1208, um nobre de Toulouse é excomungado por Pierre de Castelnau que é assassinado em seguida. Os cátaros deram o que o papa queria: um motivo para varrê-los da face da Terra. No ano seguinte foi ordenada uma cruzada na cidade de Bézier, onde 7 mil pessoas são mortas. A caça aos cátaros continuou, até que em 1244, 200 cátaros são queimados vivos em seu último local de resistência, a fortaleza de Montségur. A estes cátaros perfeitos, foi oferecido que eles se entregassem, pedissem perdão por seus pecados e se convertessem, mas eles recusaram a oferta em nome daquilo que acreditavam, sendo assim foram queimados. A chacina de Languedoc foi o primeiro capítulo da inquisição.
"Death is the price for your soul's liberty
To stand with the cathars and to die and be free"
Bruce aqui transforma os cátaros em um símbolo de resistência a um sistema opressor. De Montségur para o inferno, MUAHAHAHA!!! [20]
Dance of Death - Inspirada no filme de 1958, The Seventh Seal, do sueco Ingmar Bergman (1918 - 2007). O filme fala sobre um homem que joga xadrez com a morte durante a época da peste negra (black death) na Europa (1347 - 1352 DC). O quadro Dance of Death aparece sendo pintado quando o personagem principal entra na igreja e no fim do filme, uma cena de artistas que fugiram da morte retrata a dança da morte (Danse Macabre). O quadro é uma alegoria sobre a universalidade da morte. Não importa qual nosso estado atual na vida (ou o que estamos fazendo, tipo, dançando), a morte nos une.
The Dance of Death (1493) de Michael Wolgemut [20]
A peste negra (peste bubônica) é uma doença causada pela peste, a bactéria Yersínia pestis, transmitida por roedores, normalmente ratos. Ela pode matar em até 48 horas. Os sintomas de peste bubônica são: aumento dos linfonodos, que deixavam a pele enegrecida nas axilas, virilhas ou pescoço; febre alta; intolerância à luz; apatia; tremores pelo corpo; vertigens; cefaléia; cansaço; aumento da frequência cardíaca e tosse inicialmente seca e depois com sangue. Morreram mais de 25 milhões de pessoas de peste na Europa naquela época. Apesar que alguns estudos apontam que esse número seria bem maior, chegando a 75 milhões de mortos Oo! Fucking rats![20]
Gates of Tomorrow - Complicado dizer sobre o que ela fala. No encarte do álbum, a banda se reserva o direito de não falar sobre o que se trata a música, deixando para os fãs essa tarefa. Há quem diga que ele fala sobre a internet ("Trapped in the web"), há quem diga que fala sobre religião ("There isn't a god to save you if you don't save yourself"). Explicitamente a faixa fala sobre estar preso nos fios e cortá-los para mostrar-lhe os portões do amanhã.
O Iron Maiden Commentary lembrou muito bem das Parcas (ou Moiras), que pertencem a mitologia grega, e eu adiciono a lista, as Nornas, da mitologia nórdica.
As Moiras de Strudwick (1885) [20]
"As Parcas eram três: Cloto, Láquesis e Átropos. Sua ocupação consistia em tecer o fio do destino humano e, com suas tesouras, cortavam-no, quando, muito bem entendiam. Eram filhas de Têmis (a Lei), que Jove [Zeus] fez sentar em seu próprio trono, para aconselhá-lo" (O Livro de Ouro da Mitologia).
Na mitologia nórdica temos as Norns (Nornas, aportuguesado) são responsáveis pelo destino de todos os seres vivos, inclusive os deuses e gigantes. Urdr que é quem olha pelo passado, Verdandi é quem olha pelo presente e Skuld o futuro, elas ficam sob a árvore de Yggdrasil. Novamente temos diferentes mitologias que de um modo bem parecido tratam de como acham que o destino funciona.[20]
New Frontier - fala sobre uma preocupação de Nicko: Clonagem. Para ele é errado o ser humano brincar de Deus "Playing god without mercy without fear", e só deus teria o direito de criar um ser humano porque só ele consegue nos dar uma alma. A clonagem é um processo de reprodução assexuada, ou seja, sem troca de gametas, onde se tem a produção de indivíduos geneticamente iguais a partir de uma célula-mãe. Lembra que lá no começo do post eu disse que a Dolly morreu em 2003? Isso provavelmente fez Nicko levantar a discussão sobre o assunto nesta música. Dolly (1996 - 2003) foi o primeiro mamífero clonado com sucesso a partir de uma célula adulta. Uma ovelha da raça dela vive cerca de 12 anos, existem algumas discussões em torno da morte dela devido ela ter morrido com apenas 6 anos. Só que não há certeza se é devido ela ser um clone, ou por uma doença qualquer que afete ovelhas da raça dela.[20].
Frankenstein também é citado neste som, não tem a ver com clonagem, mas tem a ver com um ser humano dar vida a outro. Esta obra de terror gótico foi criada pela escritora inglesa Mary Shelley (1797 - 1851), originalmente com o título: Frankenstein; or, the modern Prometheus (1818).Normalmente quando lemos este nome, a imagem do monstro nos vem a cabeça, mas na realidade, no conto de Shelley, Frankenstein é o segundo nome de Victor. Uma das cenas mais épicas do cinema é quando Victor da vida ao monstro e clama: IT'S ALIVE!!!! [20]
Paschendale - Vamos voltar para julho de 1917, Primeira Grande Guerra (1914-1918), que ano que vem completará 100 anos, para a Batalha de Paschendaele (ou Terceira batalha de Ypres), em Flandres, Bélgica.
Paschendale é um lugar alto, e uma vez que os aliados, Inglaterra, França, Rússia mais o apoio dos canadenses, neozelandeses e australianos, ganhassem esta posição, ficaria mais fácil chegar ao Mar do Norte, onde estavam os submarinos alemães, que estavam dando muito trabalho para os ingleses e irlandeses. Os aliados tinham perdido quase todo o terreno belga para os alemães, ficando apenas com os arredores de Ypres. Os aliados foram conduzidos por sir Douglas Haig, que simplesmente ignorou o fato de Flandres ser um lugar que chove muito no outono, caem muitos raios, além das condições do solo que era arenoso. Com isso, na época da guerra, os soldados além de lutarem contra o inimigo, lutaram contra a chuva, os raios e a lama, que chegavam nos joelhos ou ainda na cintura! Em alguns pontos, havia lagos, e claro, muitos morreram afogados. Os alemães usaram gás mostarda nessa batalha também!. Esta batalha é considerada um dos maiores desastres militares uma vez que mais de 500.000 mil soldados morreram. No fim os canadenses desobedeceram Haig, e esperaram a chuva passar, para enfim, tomar a vila. Haig argumentou que manteve sua estratégia devido ao abandono dos russos e a baixa moral dos franceses, que ele acreditava que podiam ter saído da guerra a qualquer momento.[20]
Face in the Sand - Fala sobre a inércia da massa de pessoas do mundo esperando que as coisas se resolvam sozinhas, vendo os desastres acontecendo e não fazendo nada para que eles parem.[20]
Age of the Innocence - É um protesto contra o governo britânico no que diz respeito a criminalidade. É o mesmo tipo de reclamação que temos aqui no Brasil: os governantes não cumprem suas promessas, o sistema judiciário é pífio (ineficiente, ineficaz e injusto), os bandidos sabem que nada (ou pouco) lhes acontecerá se forem pegos, que não estamos seguros nem em nossas casas e que os bandidos tem mais direitos que as pessoas "normais". Ou seja, o problema não é só aqui ou nos EUA.[20]
Journeyman - É uma das mais bonitas músicas da banda, mas só fala sobre as reflexões de um cara em sua jornada pela vida.[20]
No final de 2005, o Iron Maiden começou a trabalhar em A Matter of Life and Death, seu décimo quarto álbum de estúdio, lançado no outono de 2006. Embora não seja um álbum conceitual, guerra e religião são temas recorrentes nas letras, bem como na arte da capa. O lançamento foi um sucesso comercial e de crítica, rendendo à banda seu primeiro top dez na Billboard 200 e estreando em primeiro lugar nas paradas de álbuns de 13 países. "The Reincarnation of Benjamin Breeg", mas o álbum em si chamou a atenção da crítica por seu foco em temas sombrios e reflexões sobre a futilidade da guerra. Também foi conhecido por composições progressivas como "Brighter Than a Thousand Suns", "The Longest Day", "For the Greater Good of God" e "The Legacy". Entre muitos elogios, o décimo quarto álbum do Maiden recebeu o prêmio de Álbum do Ano no Classic Rock Roll of Honor Awards de 2006.
Capa do Álbum A Matter of Life and Death [21]
Seguiu-se uma turnê de apoio, durante a qual tocaram o álbum inteiro; resposta a isso foi mista. O Iron Maiden tocou na América do Norte, Japão e Europa, lotando arenas cobertas em todos os lugares. Eles tocaram vários shows em locais como o Earls Court Exhibition Centre em Londres, Forum di Assago em Milão e Globen Arena em Estocolmo ou Hartwall Arena em Helsinque O cenário da turnê de 2006-07 foi uma extensão das ideias que acompanharam a apresentação da música "Paschendale" da turnê Dance of Death. O cenário se assemelhava a uma fortificação de campo de batalha com sacos de areia, barricadas, trincheiras e similares. Rampas leves móveis foram cobertas com rede de camuflagem e tecido cáqui. Havia também manequins de pára-quedistas uniformizados tecidos na cena. Iluminação adicional também foi usada, e no clímax do show, o set se transformou em um enorme tanque em movimento.
A segunda parte da turnê "A Matter of Life and Death", que aconteceu em 2007, foi apelidada de "A Matter of the Beast" para comemorar o 25º aniversário do lançamento do álbum The Number of the Beast, e incluiu aparições em vários festivais e estádios em todo o mundo. A turnê começou no Oriente Médio com a primeira apresentação da banda em Dubai no Dubai Desert Rock Festival para 25.000 pessoas, após o que eles tocaram para mais de 40.000 pessoas no Bangalore Palace Grounds, marcando o primeiro show de qualquer grande banda de heavy metal no subcontinente indiano. A banda passou a tocar uma série de datas européias, incluindo uma aparição no Download Festival, sua quarta apresentação no Donington Park, para aproximadamente 80.000 pessoas. O Iron Maiden se apresentou no Estádio Olímpico (Roma) em Roma, Estádio Bazaly em Ostrava, Estádio Lokomotiv em Sofia, Sudweststadion em Ludwigshafen, Fair Arena em Belgrado, Bezigrad Stadion em Ljubjana e fez shows nas grandes arenas cobertas de Düsseldorf e Atenas. Finalmente, a banda encabeçou o BBK Live Festival em Bilbao, o Graspop Metal Meeting em Dessel, o Fields of Rock Festival em Biddinghuizen e o Heineken Jammin Festival em Veneza. Em 24 de junho, eles terminaram a turnê com uma apresentação na Brixton Academy, em Londres, para ajudar o fundo The Clive Burr MS Trust.
As quatro turnês mundiais consecutivas, dois álbuns de estúdio de sucesso e três lançamentos em DVD consolidaram o status do Iron Maiden como uma das bandas de metal mais relevantes e bem-sucedidas do mundo. Durante o período de 2003-2007, o Maiden lançou dois álbuns de estúdio e fez 215 shows para um público combinado estimado em cinco milhões de pessoas.[21]
Em 5 de setembro de 2007, a banda anunciou sua Somewhere Back in Time World Tour, que se conectou com o lançamento em DVD de seu álbum Live After Death. O setlist da turnê consistiu em sucessos da década de 1980, com ênfase específica na era Powerslave para cenografia. A primeira parte da turnê, começando em Mumbai, Índia em 1 de fevereiro de 2008, consistiu em 24 shows em 21 cidades, viajando quase 50.000 milhas no próprio avião fretado da banda, chamado "Ed Force One". Eles fizeram seus primeiros shows na Costa Rica e Colômbia e seus primeiros shows na Austrália e Porto Rico desde 1992.
Em 20 de janeiro de 2009, a banda anunciou que lançaria um documentário completo em cinemas selecionados em 21 de abril de 2009. Intitulado Iron Maiden: Flight 666, foi filmado durante a primeira parte do Somewhere Back in Time World. Turnê entre fevereiro e março de 2008. Flight 666 foi co-produzido pela Banger Productions e foi distribuído nos cinemas pela Arts Alliance Media e EMI, com a D&E Entertainment sub-distribuindo nos EUA.O filme teve um lançamento em Blu-ray, DVD e CD em maio e junho, chegando ao topo das paradas de DVD de música em 25 países. Na maioria deles o lançamento foi Gold, Platinum ou Multi-Platinum.[21]
Músicas e Inspirações
Differente World - Fala sobre sobre modos diferentes de se ver a vida, sobre como muitas vezes tudo parece estar nos trilhos, e de repente, tudo muda. Este álbum fala muito sobre guerra, e aqui ele fala sobre aproveitar a vida antes que seja tarde. E deve ser bem essa a cabeça de um soldado na guerra, o drama de ter a morte a sua volta o tempo todo, sem saber quando tudo pode acabar.[21]
These Colours Don't Run - Fala sobre um soldado que vai para guerra.
"For the passion, for the glory
For the memories, for the money
You're a soldier, for your country
What's the difference, all the same"
Nesse trecho, ele menciona meio que romanticamente quais as motivações de se ir para a guerra e defender seu país: a paixão, a glória, memórias, dinheiro.[21]
Brighter Than a Thousand Suns - Em agosto de 1939, os físicos húngaros Léo Szilárd e Eugene Wigner enviaram carta (aquela carta famosa assinada por Einstein) ao presidente dos EUA, Roosevelt, informando que os alemães estavam pesquisando sobre reações nucleares, e que estas poderiam ser usadas como bombas que causariam grande destruição. Os EUA começam a investir em pesquisas para conseguir a tal bomba antes dos alemães [já pensou Hilter com uma dessa "nas mãos"?]. Em junho de 1942, é iniciado o Projeto Manhattan, liderado pelo coronel James C Marshall e na parte técnica, pelo físico-teórico J. Robert Oppenheimer. Várias bases foram construídas ao longo dos EUA e algumas no Canadá.
Por convenção, a Era Atômica se inicia após a detonação da primeira bomba (atômica), Trinity em 16 de julho de 1945, em Jornada del Muerto, Novo México - EUA. Para se ter ideia, tinha força de 20 kilotons de TNT. Equivalente em TNT é a medida para se quantificar a energia liberada em uma explosão. 1t significa 1 tonelada de TNT, 1kt quer dizer 1000 toneladas de TNT, ou seja, a Trinity tinha 20.000 toneladas de TNT!!!
Em 1945 a Alemanha já havia sido derrotada, e os estadunidenses já haviam se consolidado nas ilhas do pacífico, onde bateu o Japão em várias batalhas como Midway, Guadalcanal e outras. Só que o Japão não estava nem um pouco disposto a se entregar, os caras iam lutar até o último homem, lembrando que foi nesta guerra que começaram os ataques suicidas por terra, água e pelo ar, com os conhecidos kamikazes.
Tecnicamente os EUA não precisavam mais lutar contra os japoneses, mas pelo jeito eles também não iam cessar os ataques até que o Japão se rendesse, o que como já disse, não ia acontecer. A Solução final dos estadunidenses foi, em 6 de agosto de 1945, atirar a bomba Little Man (13KT) na cidade de Hiroshima, matando cerca de 70 mil e ferindo a mesma quantidade. E 3 dias depois, a bomba Fat Man (25KT) atingir a cidade de Nagazaki, matando mais de 75 mil pessoas e ferindo outras 20 mil, na realidade, como o tempo estava ruim, o piloto errou o alvo, a bomba caiu num vale ao lado da cidade, e mesmo assim fez a merda que fez!
A bomba Tsar foi a mais fodona de todas, com força de 57 MEGAtons DE TNT. Ela pesava 27 toneladas, altura de 8 metros e diâmetro de 2,1 metros. Mas acalmem-se: felizmente (ou não) ela não foi usada contra população alguma, foi apenas uma daquelas demonstrações de força entre os EUA e URSS que se faziam na época da Guerra Fria. A bomba foi lançada em 30 de outubro de 1961, sobre o arquipélago de Nova Zembla, no oceano Ártico. A bomba foi projetada para ter 100 MEGAtons, só que ia causar muita destruição [não diga] e talvez resíduos dela atingiriam a própria URSS, aí baixaram para 57.[21]
The Pilgrim - Refere-se aos peregrinos, que são colonos ingleses que foram para a região da Nova Inglaterra, onde hoje fica Massachusetts, transportados pela navio Mayflower em 1620. Devido a conflitos com a igreja anglicana, os colonos, que eram protestantes puritanos, decidiram vir para a América e começar uma nova vida. Nesta nova vida eles massacraram alguns índios, como é natural de qualquer colonizador. Inclusive, o tal dia de ação de graças é praticamente a celebração de um dia de caçada aos índios bem sucedida, não tem muito a ver com aquelas historinhas que contam de índios e colonos compartilhando um belo almoço, que é celebrada até hoje.[21]
Embarkation of the Pilgrims, a painting by Robert Walter Weir [21]
The Longest Day - Fala sobre o Dia D, que é conhecido como o maior invasão marinha já conhecida na face do planeta Terra (!). No dia 06 de junho de 1944, os Aliados (EUA, Inglaterra, Canadá, Austrália, França, URSS) invadiram a praia da Normandia na França, que estava sob domínio da Alemanha do titio Hitler. Este ataque foi determinante para a vitória dos aliados no front oeste, uma vez que os russos já haviam vencido os alemães na batalha de Stalingrado.[21]
Out of Shadows - Fala sobre a vida e nada mais.[21]
The Reincarnation of Benjamin Breeg - Fala sobre um personagem fictício que os caras da banda criaram talvez por pura ação de marketing. Tem algumas coisas interessantes, como por exemplo, Benjamin Breeg nasceu dia 3 de setembro de 1939 que foi o dia em que a Inglaterra declarou guerra a Alemanha nazista, e que o ano de 1939 foi o ano de lançamento do filme The Man of the Iron Mask (O Homem da Máscara de Ferro), nome que inspirou o nome da banda.[21]
Ilustração da Música The Reincarnation of Benjamin Breeg[21]
For the Great Good of God - Tem a letra do cristão Harris questionando seu Deus sobre o porquê de tanto sofrimento, o porquê da guerra, morte, fome e se o suposto Jesus teria livrado a Terra do mal enquanto na cruz pagou pelos pecados.[21]
Lord of Light - Lúcifer. Parece que a banda encontra na faixa seguinte o culpado pelas questões da música anterior: o ser humano. A letra aponta o ser humano como aquele que vai atrás do mal, aquele que se entrega ao mal, tirando a face vilanesca de Lúcifer, que se torna apenas um acolhedor das almas que se oferecem a ele.
Lúcifer, inclusive, tem grande similaridade com outra criatura da mitologia grega: Prometheus. Ambos desafiaram os deuses levando conhecimento ou fogo aos humanos, e ambos foram punidos pelos deuses. Talvez, mera coincidância... vai saber.[21]
The Legacy - Conta a história de um soldado que foi para a guerra e está descascando toda sua raiva em cima dos líderes: aqueles filhos da puta que arrumam uma guerra e mandam os outros lutarem, enquanto os bonitões ficam lá, de boa, ganhando grana, tomando champagne e tratando soldados como se fossem números, não gente.[21]
Após anúncios de que a banda havia começado a composição de novo material e reservado tempo de estúdio no início de 2010 com produção de Kevin Shirley, The Final Frontier foi anunciado em 4 de março e apresentou três singles "The Final Frontier", "El Dorado" e " Coming Home", bem como obras épicas e progressivas como "Isle of Avalon", "The Talisman" e "When The Wild Wind Blows". O álbum, o décimo quinto da banda, foi lançado em 16 de agosto, recebendo elogios da crítica e o maior sucesso comercial da banda em sua história atual, alcançando o primeiro lugar em vinte e oito países em todo o mundo. The Final Frontier estreou em 4º lugar na Billboard 200, alcançando a posição mais alta nas paradas de álbuns americanas até hoje. Embora Steve Harris tenha sido citado no passado afirmando que a banda produziria apenas quinze lançamentos de estúdio, os membros da banda confirmaram que haverá pelo menos mais um registro. O álbum foi o próximo sucesso comercial da banda, alcançando o status Gold ou Platinum em 24 países ao redor do mundo. O Iron Maiden foi premiado com a placa especial de reconhecimento de vendas por vender mais de 750.000 de seus álbuns na Finlândia.
Capa do álbum The Final Frontier[21]
A turnê de apoio do álbum viu a banda realizar 101 shows em todo o mundo para um público estimado de mais de dois milhões e meio, incluindo suas primeiras visitas a Cingapura, Indonésia e Coréia do Sul, antes de concluir em Londres em 6 de agosto de 2011. Como a parte da turnê de 2010 precedeu o lançamento de The Final Frontier, a banda disponibilizou "El Dorado" para download gratuito em 8 de junho, que viria a ganhar o prêmio de Melhor Performance de Metal no Grammy Awards de 2011 em 13 de fevereiro. 2011. Foi a primeira vitória da banda após duas indicações anteriores ao Grammy ("Fear of the Dark" em 1994 e "The Wicker Man" em 2001). Durante os dois anos da turnê, a banda encabeçou os maiores festivais do mundo, incluindo Rock Werchter, Roskilde, Nova Rock, Pukkelpop, Soundwave (cinco datas), Wacken, Sziget, Ottawa Bluesfest, Festival d'été de Québec também datas do Sonisphere Festival em Reino Unido, Suécia, Finlândia, Polônia, República Tcheca, Bulgária, Itália, Espanha, Grécia, Turquia e Suíça. O Iron tocou nas grandes arenas cobertas, estádios e festivais ao redor do mundo, às vezes para 100.000 pessoas.
Em 15 de março, uma nova compilação para acompanhar Somewhere Back in Time de 2009 foi anunciada. Intitulado From Fear to Eternity, a data de lançamento original foi marcada para 23 de maio, mas depois foi adiada para 6 de junho. O conjunto de discos duplos cobre o período de 1990–2010 (os oito álbuns de estúdio mais recentes da banda), e, como em Somewhere Back in Time, versões ao vivo com Bruce foram incluídas no lugar de gravações originais que apresentavam outros vocalistas, em neste caso Blaze Bayley.
O Maiden encerrou sua turnê mundial Maiden England em julho de 2014 como atração principal no Sonisphere Festival, Knebworth. Músicos impressionaram as multidões ao ter a equipe The Great War Display com Bruce entre seus pilotos, encenando um sensacional duelo aéreo nos céus acima do Festival com o líder da banda pilotando seu próprio Fokker Dr1 alemão da Primeira Guerra Mundial, apenas algumas horas antes de subir ao palco.[22]
Fokker Dr1 [22]
Em 2013, o Iron Maiden em colaboração com a "Robinsons Brewery" lançou sua própria cerveja chamada Trooper Ale. Desde o seu lançamento, a cerveja britânica premium de 4,7% que era original da Trooper tornou-se um player líder entre as cervejas britânicas, exportadas para mais de 60 países ao redor do mundo. A banda e a "Robinsons Brewery" comemoraram mais de 30 milhões de canecas de Trooper vendidas em todo o mundo, durante a semana em que marcaram o 8º aniversário de sua colaboração de enorme sucesso. Trooper também ganhou várias medalhas de ouro no prestigiado British Bottlers' Institute Awards, além de ganhar prêmios no World Beer Awards, Global Beer Masters, International Beer Challenge e International Brewing and Cider Awards (também conhecido como "Oscars of the brewing and cidra"). mundo") entre muitos outros.[22]
Músicas e Inspirações
Satellite 15... The Final Frontier - Começa com o astronauta narrando seu desespero por estar fora da rota espacial e tentando algum contato com o comando para se salvar. É uma intro longa, e bem que os caras podiam ter fatiado o som em duas partes, mas... Na segunda parte, "The Final Frontier", o astronauta se lamenta de estar perdido, sem ter chance de escapar. Enquanto se aproxima de virar churrasquinho queimado do sol, ele reflete sobre sua vida.[22]
I've had a good life, I'd do it again
Eu tive uma boa vida, eu faria tudo de novo
Maybe I'll come back some time, my friends
Talvez eu volte algum dia, meus amigos
If I could survive to live one more time
Se eu pudesse sobreviver para viver mais uma vez
I wouldn't be changing a thing at all
Eu não mudaria absolutamente nada
Done more in my life than some do in ten
Fiz mais em minha vida do que muitos fazem em dez
Ilustração da música The Final Frontier [22]
El Dorado - Fala sobre um vigarista que tenta iludir alguém a ir para a busca da lenda de El Dorado:
Em 1534, enquanto Cuzco caia nas mãos de Francisco Pizarro, Sebastian de Belalcázar conquistava o Quito. Durante sua expedição, Sebastian teria conhecido um índio e prisioneiro em Lacatunga, que teria lhe contado sobre seu rei que vivia numa terra chamada Cundinamarca. Esta terra tinha tanto ouro, que o rei costumava cobrir o corpo com pó de ouro como oferenda aos deuses, no meio do Lago Guatavita (Colômbia). Nascia ali a lenda de El Dorado - pelo menos esta é a versão mais difundida dela. A história foi se espalhando e tinha quem contava que a cidade toda era feita de ouro, e muitas expedições foram feitas para encontrá-la.[22]
Ilustração da Música El Dorado[22]
Mother of Mercy - Outro som que fala sobre o sentimento de um soldado em uma guerra. Vamos para o fim da música:
I'm just a lonely soldier fighting in a bloody hopeless war
Eu sou apenas um soldado solitário lutando numa guerra sangrenta sem esperança
Don't know what I'm fighting, who it is, or what I'm fighting for
Não sei o que estou enfrentando, quem é ou pelo que estou lutando
Thought it was for money, make my fortune, now I'm not so sure
Achei que fosse por dinheiro, fazer minha fortuna, mas agora não estou certo
Seem to just have lost my way
Parece que apenas perdi meu caminho
Tirando o fim da música, assemelha ao ataque ao Iraque - cujos os principais aliados eram Reino Unido e EUA.
I always thought I was doing right
Eu sempre achei que estava fazendo o que era certo
As of now I'm not feeling so sure
Mas a agora não tenho tanta certeza
A premissa da guerra contra o Iraque era falsa, uma vez que o Iraque não possuía as tais armas de destruição em massa que tanto alegou a administração Bush (2001 - 2009) - todos sabem o que os EUA queriam, "It's the Oil, stupid!".[22]
Coming Home - É Bruce descrevendo a sensação de voltar para sua casa enquanto pilota. Lembrando que além de pilotar o avião Ed Force One e levar o Iron Maiden pelo mundo, Bruce também fazia voos comerciais.
Na letra, quando Bruce diz "to Albion's land", ele se refere ao antigo nome da ilha da Grã-Bretanha, na época celta. O Ed Force One é um Boeing 757 que foi utilizado pela banda, e pilotado por Bruce, nas turnês Somewhere Back in Time World Tour (2008 - 2009) e na turnê The Final Frontier World Tour (2011). A banda gravou o documentário Iron Maiden: Flight 666 que foi lançado em abril de 2009. O filme registra os bastidores da turnê Somewhere Back in Time World Tour, onde eles percorreram 70.000km, passando em 5 continentes, fazendo 23 shows em apenas 45 dias![22]
The Alchemist - Fala sobre John Dee (1527 - 1608), inglês, matemático, astrônomo, astrólogo, geógrafo e ocultista.
Dee começou sua carreira como um matemático e filósofo. Por volta de 1556, Dee tinha a maior biblioteca da Inglaterra em sua cidade Mortlake, que se tornou um centro de aprendizado fora das universidades. Entre as décadas de 1550 até 1570 Dee foi conselheiro da rainha Elizabeth I (a última monarca da dinastia Tudor), auxiliou na parte técnica das navegações e também na parta ideológica, sendo favorável a criação do Império Britânico.
My dreams of empire for my frozen queen will come to pass
Meus sonhos de império para minha rainha congelada passarão
Know me, the Magus. I am Dr. Dee and this is my house
Conheça-me, o Mago. Eu sou Dr Dee e esta é minha casa
John Dee [22]
John Dee and Kelley [22]
Mesmo tendo algum sucesso no campo da matemática, Dee ainda não estava satisfeito, pois julgava ainda ter pouco conhecimento sobre os segredos da natureza, além do ego ferido, por ter pouco reconhecimento sobre seus trabalhos. Começou então a se voltar para o sobrenatural. Conheceu Edward Kelley (1555 - 1597) que foi seu ajudante nos assuntos místicos. Dee começou a acreditar que falava com anjos e que estes lhe enviavam sinais. Viajou com seu ajudante pela Europa tentando convencer outras pessoas sobre suas "descobertas".
Até que 1587, Kelley sacaneou o parceiro. Disse a Dee que o anjo Uriel ordenou que os dois compartilhassem todos os seus bens, inclusive suas esposas.
I curse you Edward Kelly, your betrayal for eternity is damned
Eu o amaldiçoo, Edward Kelly, sua traição é condenada pela eternidade
Na época Kelley era mais famoso e ganhava mais dinheiro que Dee, e talvez tenha feito isso para afastar o parceiro. Dee, mesmo contrariado, fez "o que o anjo ordenou", mas logo em seguida abandonou a empreitada e voltou para a Inglaterra em 1589.[22]
Isle of Avalon - Fala sobre outro local lendário. Nesta ilha teria sido forjada a espada Excalibur, que pertencia ao Rei Arthur. A primeira citação desta lenda vem da obra do clérigo Geoffrey of Monmouth, Historia Regum Britanniae ("A História dos Reis da Bretanha") de 1136. Esta obra traça a genealogia dos reis ingleses desde 1100 AC, e claro, o rapaz tinha muita imaginação - não existem evidências históricas sobre Arthur. Mas graças a esta obra, toda uma literatura foi criada ao redor das lendas do Rei Arthur.[22]
Ilustraçção da ilha de Avalon[22]
Starblind - Uma música bem complexa, cheia de metáforas. Mas de forma geral, Bruce quer que vejamos através de seus olhos e possamos refletir sobre a vida.[22]
Let the elders to their parley meant to satisfy our lust
Deixe os anciões fazerem a negociação designada para satisfazer nossa luxúria
Leaving damacles still hanging over all their promised trust
Deixando Damocles pairando sobre toda a sua confiança prometida
Aqui ele fala dos velhos que pedem que confiemos em suas palavras de salvação. Ele cita Dâmocles para dizer que estas promessas podem se mostrar vazias a qualquer momento.
Ppintura de Richard Westall, A Espada de Dâmocles (1812), os belos rapazes da anedota de Cícero foram transformados em moças virgens para gosto do patrono neoclássico Thomas Hope. [22]
Dâmocles é personagem da anedota moral "A espada de Dâmocles". Dâmocles dizia que Dionísio era um homem afortunado por possuir tanto poder e autoridade. Dionísio ofereceu-se para trocar de lugar com Dâmocles por um dia, entretanto, pediu que uma espada fosse pendurada sobre o pescoço de Dâmocles e presa por um fio de rabo de cavalo. Dâmocles, óbvio, declinou da oferta. Com isso, Dionísio queria demonstrar que mesmo tanto poder pode lhe ser tomado de repente.
Walk away from freedoms offered by the jailors in their cage
Fuja das ofertas de liberdade dos carcereiros em suas celas.
Ou seja, o cara vive em seu mundinho como um ignorante e miserável, enquanto tenta convencer outros do que é a liberdade. E o som segue nessa vibe de dar lições de vida as pessoas.[22]
The Talisman - Fala sobre um marinheiro deixando seu passado para trás embarcando em um navio. Durante a viagem uma forte tempestade os deixa a deriva onde ficam 20 dias sem água e sem comida, ocasionando a morte de muitos dos marujos.
The Man Who Would Be King - Fala sobre um cara não denominado quem era, que queria ser rei.
When the Wild Wind Blows - Inspirado no filme When the Wind Blows de 1986, dirigido por Jimmy Murakami. O filme por sua vez, é adaptado do graphic novel de mesmo nome, feito por Raymond Briggs em 1982. A história é de um casal que ouve no rádio que em três dias haverão ataques nucleares contra o país. Jim constrói uma proteção subterrânea contra explosões, enquanto lembram-se da época da segunda guerra mundial. A música vai nesta mesma direção, o casal ouve a notícia que uma catástrofe inevitável irá acontecer, algo que iluminará todo o céu. Eles coletam tudo que podem e levam para um abrigo esperando sobreviver por um ano ou dois.[22]
Após a confirmação do grupo de que The Final Frontier de 2010 não seria seu último álbum, Bruce Dickinson revelou planos para um décimo sexto álbum de estúdio em julho de 2013, com uma possível data de lançamento em 2015. Em fevereiro de 2015, o baterista Nicko McBrain revelou que um novo álbum havia sido concluído, embora o lançamento tenha sido adiado porque Dickinson estava se recuperando de um tratamento para um tumor cancerígeno encontrado em sua língua. Em 15 de maio, depois que Dickinson foi liberado para as atividades, o empresário Rod Smallwood confirmou que o álbum seria lançado em 2015, embora a banda não fizesse uma turnê até 2016 para permitir que Dickinson continuasse se recuperando. Em 18 de junho de 2015, o site da banda anunciou seu título, The Book of Souls, e confirmou a data de lançamento em 4 de setembro de 2015 É o primeiro álbum de estúdio original da banda a não ser lançado pela EMI fora da América do Norte, após a aquisição da Parlophone pela Warner Music Group em 2013. Foi um sucesso comercial e de crítica, tornando-se o quinto álbum número 1 da banda no Reino Unido e o segundo número 4 na Billboard 200 nos EUA. O novo lançamento alcançou as primeiras posições nas paradas de álbuns de 43 países. O Iron recebeu muitos elogios e prêmios de prestígio, incluindo The Rocks Awards, Silver Clef Award em reconhecimento à excelente contribuição para a música do Reino Unido, Bandit Rock Awards, Classic Rock Roll of Honor Awards, ECHO Award, Kerrang! Prêmios, Prêmios Loudwire, Burn! Awards, Metal Hammer Germany Awards, Golden Gods Awards entre muitos outros. O Livro das Almas foi Ouro e Platina em vinte países.[23]
Capa do álbum The Book of Souls [23]
O novo disco foi gravado no Guillaume Tell Studios, Paris, que eles já haviam usado para Brave New World de 2000, com o produtor regular Kevin Shirley no final do verão de 2014 Com um tempo total de execução de 92 minutos, é o primeiro álbum duplo de estúdio do grupo.[360] Além disso, a música de encerramento do lançamento, "Empire of the Clouds", escrita por Dickinson, superou "Rime of the Ancient Mariner" (de Powerslave de 1984) como a música mais longa do Iron Maiden, com 18 minutos de duração. Um videoclipe para a música "Speed of Light" foi lançado em 14 de agosto. Além de um álbum duplo de músicas mencionadas acima, apresenta faixas épicas como o título um e "If Eternity Should Fail" de Dickinson referindo-se à mitologia maia, sucessos de rock pesado como "Death or Glory" e "Tears of a Clown" dedicados ao falecido ator Robin Williams , obras progressivas como "The Great Unknown" e "The Man of Sorrows" ou as mais complexas, "The Red and the Black".[23]
O cenário da turnê foi (mais uma vez) um dos melhores da carreira do line-up de seis pessoas até o momento. Referindo-se ao título e ao tema principal do álbum, o cenário do palco refletia as soluções arquitetônicas características dos antigos edifícios religiosos maias. O mascote do grupo, Eddie the Head, apareceu em uma versão móvel, como o xamã maia, durante o show de apresentação da faixa-título do álbum e como sua versão maior durante a apresentação da composição de "Iron Maiden". Este foi apresentado por um busto enorme (dez metros), inflável e explosivo conhecido pela capa do álbum pintada por Mark Wilkinson. A banda utilizou uma extensa pirotecnia, lasers, equipamento de iluminação móvel baseado em uma dúzia de pilares. A construção foi construída em planta piramidal, com um alvo circular e móvel colocado no ponto central, em torno do qual foram montados holofotes de LED multicoloridos, dando o efeito de luz refletida no público.[23]
Em fevereiro de 2016, a banda embarcou na The Book of Souls World Tour, que os viu tocar em 35 países da América do Norte e do Sul, Ásia, Australásia, África e Europa, incluindo suas primeiras apresentações na China, El Salvador e Lituânia. Foi a maior turnê de álbuns do Iron Maiden desde o The X Factor 1995–1996. Assim como a Somewhere Back in Time World Tour de 2008–09 e a The Final Frontier World Tour de 2010–11, o grupo viajou em um avião personalizado, pilotado por Dickinson e apelidado de "Ed Force One", embora tenham usado um Boeing 747-400.[23]
No verão de 2016, o grupo lançou um jogo para celular, Iron Maiden: Legacy of the Beast e um jogo de pinball com o mesmo nome em 2018. O jogo foi o RPG móvel nº 1 em vários mercados, com mais de quatro milhões de jogadores em todo o mundo baixando o jogo. Inspirada no título do jogo, a banda realizaria a Legacy of the Beast World Tour, começando na Europa em 2018, com shows na América do Norte e do Sul em 2019. 82 shows da turnê atraíram mais de dois milhões de fãs lotando as vendas. arenas, estádios e alguns dos maiores festivais do mundo como o Rock in Rio 2019 com mais de 100.000 fãs presentes. A banda alcançou outro sucesso impressionante na América Latina, onde mais de meio milhão de espectadores assistiram a shows em seis cidades do México, Brasil, Argentina e Chile. Os 33 shows realizados na América do Norte foram o maior sucesso da banda desde seu auge em meados da década de 1980. O Maiden estabeleceu um recorde de público em muitas cidades europeias.[23]
Músicas e Inspirações
If Ethernity Should Fall - Fala sobre a eternidade, começo do mundo, um personagem fictício chamado Doutor Necrópolis, que cria uma máquina capaz de roubar as almas dos seres humanos. lna segunda parte entende-se que é um cemitério falando.
Speed of Light - Fala literalmente sobre a velocidade da luz e traz em sua letra muitas citações à física. O clipe, com Eddie passando por diversas fases de um videogame, é sensacional.[23]
The Great Unknown - Fala sobre como o mundo tem se tornado um lugar repleto de egoísmo, violência, vingança e dor e como estamos caminhando para o "grande desconhecido", que pode ser interpretado como a morte.[23]
The Red and the Black - Parece uma espécie de continuação de "The Angel and the Gambler", do "Virtual XI" (1998), já que retoma na letra o tema das jogos de azar, principalmente os jogos de cartas. A música também tem o mesmo título de um livro do escritor francês Henri-Marie Beyle e que é uma crônica da sociedade francesa repleta de hipocrisia, traições e morte. Tanto o filme quanto o livro saíram no Brasil com o título de O Vermelho e o Negro.
Livro de Henru Stendhal [23]
When the River Runs Deep - É uma reflexão sobre o dia em que a morte baterá na nossa porta, o que é inevitável para cada um de nós. Para alguns fãs, a letra traz trechos que mostram a banda lamentando as mortes do baterista Clive Burr e do tecladista Jon Lord, falecidos no período entre "The Final Frontier" e "The Book of Souls". Além disso, Steve perdeu um amigo próximo e um membro da família durante o período de composição do disco, intensificando o tema de luto da faixa.[23]
The Book of Souls - Fala sobre os maias. A civilização maia foi uma das mais avançadas do seu tempo e viveu entre 2000 A.C. e os anos 1600, quando foram conquistados pelos espanhóis. Ao lado dos incas e dos astecas, formam o trio de civilizações pré-colombianas extremamente avançadas e intelectualizadas que habitaram as Américas antes do descobrimento, e sua influência é sentida até hoje em todo o continente. O Livro das Almas citado no título aparentemente não existe e é uma alusão da banda aos inúmeros escritos deixados pelos maias documentando o seu conhecimento.
Death or Glory - Fala sobre a primeira guerra mundial e os aviões triplanos, e cita o piloto alemão Manfred Von Richthofen, o famoso Barão Vermelho, na letra. Nascido em Breslau, 2 de maio de 1892, foi um piloto de caça alemão na Primeira Guerra Mundial e é considerado ainda hoje como o "ás dos ases". Servindo no braço aéreo do Exército Imperial Alemão (Luftstreitkräfte), ele foi um líder militar, e como piloto se tornou um ás da aviação, obtendo o maior número de vitórias (oitenta) de um único piloto durante a Primeira Guerra. Em 23 de novembro de 1916, Richthofen abateu seu oponente mais famoso, o ás britânico, major Lanoe Hawker, detentor de uma Cruz Vitória, descrito por Richthofen como "o Boelcke britânico".[23]
Richthofen usando a Pour le Mérite, a mais alta condecoração militar no seu retrato oficial, 1917. [23]
Shadows of the Valley - Uma letra inspirada na Bíblia, mais especificamente no trecho que fala sobre o Vale das Sombras e da Morte.[23]
"Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam." Salmo 23:4
Tears of a Crown - Foi inspirada no ator Robin Williams, de Sociedade dos Poetas Mortos e outros sucessos, um dos mais conhecidos comediantes norte-americanos, morte em 2014 após cometer suicídio. A música é a melhor do álbum na opinião de Bruce.[23]
The Man of Sorrows - Traz um título quase idêntico a uma música presente em "Accident of Birth", álbum solo de Bruce lançada em 1997. A canção de Bruce fala sobre o mago e ocultista inglês Aleister Crowley, mas aqui estamos falando de uma música de Steve e Dave inspirada em uma das imagens mais icônicas do cristianismo, representando Jesus com as chagas da crucificação carregando o peso das transgressões da humanidade.[23]
Sandro Botticelli, 1500-1510 c.[23]
Empire of the Clouds - Fala sobre o dirigível R101. A ideia inicial nasceu de uma parceria não concretizada entre Bruce e Jon Lord, tecladista do Deep Purple, falecido em julho de 2012. O dirigível foi a maior embarcação construída pelo homem até então, tanto para o ar quanto para a terra, mas acabou caindo dia 5 de outubro de 1930 matando 48 dos 54 passageiros e tripulantes, em um dos acidentes aéreos mais famosos de todos os tempos.[23]
Em maio de 2020, a banda anunciou que todos os shows do ano foram cancelados devido à pandemia do COVID-19, com datas da turnê remarcadas para 2021. Quase um milhão de pessoas compraram ingressos para todos os 35 shows originalmente reservados para 2020. Em abril de 2021, foi anunciado que a turnê de 2021 foi cancelada mais uma vez e a maioria dos shows europeus foi remarcada para 2022. Em outubro de 2020, a banda anunciou que lançaria um álbum ao vivo da Legacy of the Beast World Tour chamado Nights of the Dead, Legacy of the Beast: Live in Mexico City. O álbum de concerto duplo foi gravado durante três concertos esgotados no Palacio de los Deportes da Cidade do México para um público combinado de mais de 70.000 pessoas.
Em 15 de julho de 2021, o Iron lançou um vídeo para sua primeira música em seis anos, "The Writing on the Wall", dirigido por Nicos Livesey. Quatro dias depois, a banda anunciou que seu décimo sétimo álbum de estúdio, Senjutsu, seria lançado em 3 de setembro de 2021. Em 19 de agosto de 2021, a banda lançou outro single do álbum, "Stratego".
Capa do álbum Senjutsu 24]
Senjutsu chegou ao topo das listas de mais vendidos em 24 países, incluindo: Bélgica (Valônia e Flandres), Chile, Brasil, Colômbia, México, Bulgária, Áustria, Suíça, Alemanha, Hungria, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Eslovênia, Rússia, Finlândia, Itália, Portugal, Espanha, Suécia, Grécia, Escócia, País de Gales e Luxemburgo. Senjutsu alcançou os três mais vendidos em 55 países ao redor do mundo e os 5 mais vendidos em 63 países. O vídeo animado do single "The Writing on the Wall" foi indicado ao UK Music Video Awards 2021 na categoria "Melhor Animação em um Vídeo". Senjutsu foi premiado com o título de "Melhor Álbum de Metal de 2021" pela revista Rolling Stone e ocupou as primeiras posições em muitos resumos do ano ao redor do mundo.
Músicas e Inspirações
Senjutsu - A faixa título começa com uma sonoridade meio "doom" que nos leva a se enxergar em meio a uma tribo no meio da mata. Os solos são muito bem construídos, mas o destaque vai para o refrão e sua melodia. O título da música não tem uma definição muito simples, já sendo traduzido do japonês como “tática”, “estratégia”… Pela etimologia, “sen” pode significar “sábio, eremita ou mago”, enquanto “jutsu” determina “arte, caminho, meios”. Enfim, a canção começa com tambores de guerra anunciando o início de ataques e invasões por todos os lados. O mais antigo tratado militar da história da humanidade, A Arte da Guerra, foi escrito pelo general Sun Tzu por volta de 500 a.C. Infelizmente pouco sabemos sobre o general, porém, acontecimentos mencionados em registros por volta de 100 a.C. nos ajudaram a conhece-lo melhor. Os ensinamentos contidos em seu livro, que possui 13 capítulos, aplicam-se em qualquer conflito.
Para facilitar o entendimento de sua obra, é preciso compreender que até 500 a.C. a guerra era considerada algo sagrado, um ritual. Existiam regras e códigos que deveriam ser obedecidos antes de cada conflito. O clima, por exemplo, era levado em consideração, logo, não se combatia no verão por causa das altas temperaturas ou nos períodos de frio intenso do inverno.
Na China antiga, as grandes batalhas eram consideradas primitivas. Não havia uma organização militar. Quando o momento escolhido chegava, os soldados partiam de maneira desordenada sobre os inimigos. A partir do general Sun Tzu as coisas começaram a mudar. A arte de estratégias e táticas militares foram alçadas a um novo patamar. Os Estados organizados possuíam especialistas em todas as áreas, entre eles, engenheiros civis responsáveis por construir trincheiras e túneis. Até os equipamentos bélicos evoluíram, colaborando para um novo método de guerra, por exemplo, na China. Inclusive, a letra possui uma referência a uma grande muralha, provavelmente a famosa Muralha da China.[24]
Estátua de Sun Tzu em Yurihama, Tottori, Japão [24]
Stratego - “Stratego” é na verdade o nome de um jogo de tabuleiro, o nome da música soa como estratégia.
The Writing on the Wall - O Templo Sagrado de Salomão - rei de Israel e Judá - foi um centro religioso do antigo povo hebreu. De acordo com a Torá, ele foi erguido onde Abraão havia oferecido Isaque como sacrifício e, entre outras relíquias, supostamente abrigou o óleo sagrado, as tábuas dos 10 mandamentos, o cajado de Aarão e a arca da aliança (sim, aquela mesma do filme Caçadores da Arca Perdida, do Indiana Jones). Em 587 a.C. o templo foi destruído por Nabucodonosor II - rei do império babilônico e avô de Baltazar - após o cerco de Jerusalém.
Por diversas vezes Bruce Dickinson deixou claro em seus discursos durante os shows que todo império tem seu fim. Sejam eles culturais, financeiros ou territoriais. Seria um "Easter Egg" do que ele estava planejando?
A letra de The Writing on The Wall demonstra um certo desejo de associar um fato histórico, como a queda do império babilônico, aos acontecimentos atuais. Isso fica muito mais evidente no clipe do que na música, contudo, vale a pena analisar como Bruce (em parceria com Smith) transformou (mais) uma história bíblica em música.
Império Babilônico[24]
O império babilônico localizava-se onde hoje estão partes do Iraque, Israel, Líbano, Palestina, Síria e Arábia Saudita, portanto, rodeado de áreas desérticas. "Deserto pintado" descrito na letra seria uma metáfora sobre reconstrução contemporânea de um retrato do nosso passado, onde o "trem de vagabundos" (nós, cidadãos comuns) continua transitando entre diferentes impérios.
Em "Tudo o que sobrou do que éramos" Bruce talvez tenta demonstrar que fomos desconstruídos, uma vez que "sobras" são coisas que restam daquilo que se destrói ou se consome.
O trecho "os mortos nos deram tempo para viver" pode se referir ao exílio dos povos hebreus, que após o cerco de Jerusalém, foram exilados e deportados (muitos foram mortos também). Este período ficou conhecido como "Exílio Babilônico / Cativeiro Babilônico" e só terminou após a queda do império da Babilônia e a morte de Baltazar que, segundo a lenda, foi profetizada na tal "escrita da parede".
No começo do texto falamos sobre o Templo de Salomão e sua importância religiosa para o povo hebreu. Pois bem. Foram os babilônios que o destruíram após a conquista de Jerusalém, profanando o templo.
Essa "terra de esperança" conquistada pelo império da Babilônia certamente tornou-se "um cemitério dos bravos", já que muitas revoltas ocorreram devido à insatisfação do povo (por exemplo, Gedalias, governador da província de Jeúde [Yehud] foi assassinado apenas dois meses depois de ser nomeado ao cargo).
O ponto onde o Belshazzar's Feast (o banquete/festa de Belsazar) e o título da música se encaixam. A Festa de Belsazar (chamado também de Baltazar) é uma passagem do capítulo 5 do livro de Daniel, um dos livros do Tanakh (judaico) / antigo testamento (cristão) da Bíblia.
Reza a lenda que Baltazar deu uma grande festa para mil de seus lordes em comemoração à destruição do Templo de Salomão, e mandou trazer os vasos de ouro e de prata que Nabucodonosor, seu pai (ou avô, pois há uma controvérsia a respeito) havia saqueado na destruição do templo, para que bebessem neles. Isso foi considerado uma afronta a Deus.
No meio do evento uma mão aparece (segundo escrituras sagradas, seria a própria mão de Deus) e escreve a seguinte frase na parede do palácio real, atrás do trono de Baltazar: "Mene, mene. Tequel. Parsim".
Nenhum sábio do reino conseguiu ler e interpretar o que dizia a tal frase na parede. Daí o motivo do questionamento "vistes aquela escrita na parede?"[24]
Lost in a Lost World - A letra as primeiras estrofes da letra trazem um tom de reflexão pessoal:
We don't know just what we have till we've lost it
Nós não sabemos o que temos até perdermos
Until that time comes and know that it's gone
Até que chegue a hora e vermos que aquilo já se foi
Na sequência, Steve Harris descreve costumes de povos ancestrais, para realçar a ideia de uma origem que se perde com o tempo.[24]
The people worshiping the Sun
As pessoas venerando o Sol
And all the children point up to the sky
E todas as crianças apontam para o céu
They see the eagle as it floats on the wind
Eles veem a águia enquanto ela voa contra o vento
And they follow with their spirits high
E eles seguem ela com seus espíritos lá no alto
Days of a Futute Past - Inspirada no personagem Constantine para falar sobre perdão, redenção e condenação eterna. Constantine é um personagem de histórias em quadrinhos (HQ) que já teve suas versões em games, séries de TV e filmes. O vocalista do Iron Maiden disse que o personagem cinematográfico foi a principal referência para a letra de "Days of future past".
Constantine é um anti-herói, um protagonista que não possui as qualidades morais de um típico "herói-mocinho", pois é arrogante, narcisista e truculento. Depois de descer ao inferno, convence o próprio Lúcifer a lhe dar a vida novamente. Ao voltar para a Terra, torna-se um caçador de demônios, como forma de se redimir perante Deus e garantir um lugar no céu.[24]
Poster do Filme[24]
The Time Machine - Beaseada na história do "Viajante do Tempo", escrita pelo autor inglês H. G. Wells em 1895, e que influenciou dois filmes, um clássico de 1960 e outro mais recente, produzido em 2002.
Antes do livro de H. G. Wells, já havia a ideia de viagens no tempo, mas isso ocorria por força de poderes dos deuses, magia, fantasia ou sonhos. Com o livro do escritor inglês surge pela primeira vez a concepção de uma invenção de cunho científico: uma máquina que permite viagens para o passado ou para o futuro.
Liro "The TIme Machine" H. G. Wells 1895[24]
O protagonista relata aos seus convidados que utilizou a máquina do tempo e visitou o ano de 802.701, quando encontrou a raça humana dividida em dois tipos de pessoas: os Eloys, raça que vive na superfície da Terra e possui traços infantilizados, mesmo nos adultos, havendo certa ingenuidade e até mesmo tolice em seus hábitos.
O Viajante do Tempo descobre que há outra raça de humanos que vivem nos subterrâneos, os Moloks, que possuem compleição física selvagem, pele branca, grandes olhos vermelhos. Locomovem-se como feras e andam apenas pela escuridão, alimentando-se de Eloys.[24]
Darkest Hour - Fala sobre um dos momentos mais dramáticos da história da Inglaterra, conhecido como Retirada de Dunquerque, quando centenas de milhares de militares ingleses, franceses, belgas e canadenses tiveram que bater em retirada, acuados pelas tropas alemãs nas praias do litoral noroeste da França, durante a Segunda Guerra Mundial. Centenas de embarcações, militares e civis, foram mobilizadas para resgatar as tropas dos Aliados, num momento em que a Alemanha tinha franca vantagem nas batalhas, além de lançar pesado bombardeio aéreo sobre os militares que esperaram por aproximadamente duas semanas para concluir todos os embarques, naquilo que foi chamado de Operação Dínamo.
Depois da chegada das tropas no litoral da Inglaterra, na cidade de Dover, o Exército Inglês pode ser recriado, para defender o país que estava sob pesado bombardeio aéreo das forças alemãs, começando uma recuperação que duraria anos e levaria os países que formavam as forças aliadas à vitória final. O homem que estava à frente do governo britânico, Winston Spencer Churchill, sofreu intensa pressão até mesmo de alguns dos políticos ingleses para aceitar um acordo com a Alemanha, o que ele recusou com veemência em todos os momentos, fazendo alguns discursos apaixonados e dramáticos que ficaram registrados na história.[24]
Retirada dos soldados britânicos após a derrota na França[24]
The Parchment - A letra de "The Parchment" é alegórica e mística, não revelando diretamente algo sobre lugar, época ou personagens a ela relacionados.[24]
Hell on Earth - Fala de um chamado para reconhecer a injustiça em nossa sociedade e nosso mundo.[24]
1 - Flight of Icarus - O primeiro frame do vídeo, é possível ver três abutres circulando sob o sol, uma referência à capa do single “Flight Of Icarus”, que mostra um Eddie voando com asas de morcego enquanto as asas de Ícaro queimam ao fundo.[24]
2 - World Slavery Tour - Logo no início do vídeo, vemos abutres circulando uma moça desnutrida que caminha com dificuldade usando uma camiseta da World Slavery Tour, a turnê que aconteceu de 1984 a 1985 para divulgar o disco Powerslave.[24]
3 - Belshazzar’s Feast - O cartaz que o Iron Maiden usou para convidar os fãs para a estreia do videoclipe de “The Writing On The Wall” pode ser visto na mão da moça agonizante, marcando um convite para um evento que parece atrair ambulantes no deserto.[24]
4 - Piece of Mind - Quando a moça perece por conta da desnutrição, uma figura encapuzada usando um anel do mascote Eddie em sua versão do álbum Piece of Mind fecha seus olhos e parece dar uma ordem a um corvo empoleirado em seu ombro.[24]
5 - Os 4 Cavaleiros do Apocalipse - O corvo em questão se junta aos pássaros circulando o céu e eles se transformam em quatro motoqueiros encapuzados, referenciando os Quatro Cavaleiros do Apocalipse – representações bíblicas da fome, peste, guerra e morte; tormentos que assolariam a Terra como sinais do Final dos Tempos.
6 - Pub Cart and Horses e Aces High Store - Em uma paisagem deserta vemos os Quatro Cavaleiros do Apocalipse vindo em nossa direção. Nesse momento, do lado esquerdo vemos o pub Cart and Horses, lugar onde o Iron Maiden fez seu primeiro show em 1976. Do lado direito mostra a Aces High Store.[24]
7 - Ed Force One - Os cavaleiros pilotam suas motos por um cenário desolado e passam pelos destroços de um avião que representa o modelo Ed Force One, usado pela banda na Book Of Souls World Tour.[24]
8 - Big Bang e a Ponte de Londres - A paisagem desolada traz duas referências londrinas soterradas na areia: a Ponte de Londres e o relógio Big Ben. Em entrevista, o diretor criativo Mark Andrews afirmou que os filmes Mad Max e Planeta dos Macacos inspiraram o visual da animação, referência que pode ser notada claramente em monumentos mundiais que aparecem ao longo do vídeo, como as cabeças da Ilha de Páscoa (1:45).[24]
9 - Álbum 17? - Em uma das motos é possível contar 17 riscos, o que poderia simbolizar o possível 17º álbum de estúdio do Iron Maiden, do qual se especula que “The Writing On The Wall” seja o primeiro single.[24]
O single foi lançado antes do anúncio do novo álbum Senjutsu.
10 - Sic Transit Gloria Mundi - Logo em seguida, acompanhamos uma procissão de pessoas se dirigindo ao local do Banquete de Belshazzar. Nas ruínas do que parece ser um cano, é possível ler os dizeres em latim “sic transit gloria mundi”, que significam “assim transita a glória do mundo” ou “as coisas do mundo são passageiras”. Também é possível ler as palavras “Eddie Lives” no canto inferior esquerdo e a misteriosa palavra “Throne”, que poderia simbolizar algum Easter Egg futuro.[24]
12 - No Prayer For The Dying e The Final Frontier - Em um dos frames é possível ver uma lápide com os dizeres “No Prayer For The Dying”, em referência ao oitavo disco de estúdio do Iron Maiden, lançado em 1990. Também é possível identificar a figura de um astronauta agonizante semelhante à da capa do The Final Frontier, de 2010 – 15º álbum de estúdio da banda.[24]
14 - O Banquete de Belshazzar - Do lado de dentro de um palácio protegido por guardas e por uma muralha futurística, acontece uma grande festa em volta de um enorme fogo esverdeado, enquanto uma figura masculina que representa Belshazzar se encontra no centro de um equipamento que permite que ele se alimente do que parece ser a energia vital de duas pessoas – um homem e uma mulher – lhe concedendo rejuvenescimento. Do lado de fora, vemos que os ricos e saudáveis conseguem atravessar a muralha em direção a esse Oásis, enquanto aqueles que estão definhando devido à morte e à doença são executados por um raio assim que tentam cruzar os portões[24]
11 - Estados Unidos, Reino Unido e China - Liderando a procissão de famintos procurando pelo Banquete de Belshazzar está uma figura representando o Presidente dos Estados Unidos, indo à frente de todos em um luxuoso carro presidencial – como indica a placa “Pres” – puxado por um cavalo desnutrido. Essa figura está bem alimentada e bem vestida, mas aparece com moscas sobrevoando sua cabeça, o que pode indicar um mau cheiro devido à falta de higiene por conta da escassez de água. O Presidente olha pelo seu retrovisor para a figura de três homens sem rosto segurando bandejas de chá com bolo e usando calças rasgadas que mostram roupas íntimas com bandeiras do Reino Unido. Logo atrás, um número de pessoas desnutridas puxa um carro imperial contendo um grande míssil na boca de um dragão chinês, representando o poder nuclear da China. No topo do gigante carro, senta um imperador.[24]
13 - The Trooper e “Empire Of The Clouds” - As latas amassadas simbolizam a The Trooper, cerveja do Iron Maiden, enquanto abaixo do precipício é possível notar destroços de um zepelin, fazendo referência àquele encontrado na capa do single “Empire Of The Clouds”.[24]
15 - Samurai Eddie - A misteriosa figura encapuzada que apareceu no início do vídeo revela estar carregando um tipo de cajado mágico, com o qual consegue atravessar os portões e invadir o local do banquete – com imagens referenciando a passagem bíblica que menciona a abertura do Mar Vermelho por Moisés. Dentro do local, o salvador encapuzado se joga no fogo localizado no centro do local e se transforma em um samurai humanóide, apresentando a nova versão do personagem Eddie, que já apareceu em versões anteriores da cerveja Sun and Steel e no jogo Legacy Of The Beast.[24]
16 - Os 4 Eddies - Depois de um embate entre o Samurai Eddie e Belshazzar, este se transforma na figura de um bode (uma possível representação da figura do anticristo) e são invocados através de um símbolo na parede os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, simbolizando a guerra, a fome, a peste e a morte. Os misteriosos cavaleiros então tiram os capuzes e é possível ver que cada um deles é representado por uma versão do Eddie de álbuns anteriores do Iron Maiden. O primeiro traz um machado, simbolizando o Eddie de Killers (1981), o segundo carrega uma foice, assim como o de Dance Of Death (2003), o terceiro é um ciborgue como o do Somewhere In Time (1986) e o quatro representa o faraó que pode ser encontrado na capa do Powerslave (1984).[24]
17 - The Number of the Beast - Após um banho de sangue causado pelos Cavaleiros do Apocalipse – onde vemos as figuras do presidente, dos representantes britânicos e do imperador chinês perecendo – o Samurai Eddie salva o casal que estava sendo mantido como refém de Belshazzar e deixa o banquete no carro presidencial com as bandeiras dos Estados Unidos. Na lateral do veículo é possível ver o numeral romano DCLXVI pichado em neon, que em números cardinais seria 666, fazendo referência ao terceiro álbum de estúdio do Iron Maiden, The Number of The Beast.[24]
19 - Adão e Eva - Enquanto dirige o carro, Eddie conjura uma maçã que entrega para o casal sentado no banco de trás, que a morde apaixonadamente. Esta é uma referência direta à história bíblica de Adão e Eva, os primeiros humanos criados por Deus que foram expulsos do Jardim do Éden por morderem a maçã, o fruto proibido da Árvore do Conhecimento. Com esse pecado inicial, Adão e Eva deram origem à humanidade, o que significa que após o cenário apocalíptico, o salvador Eddie pretende começar tudo de novo desde o início.[24]
19 - 2 minutes to midnight - Na cena final, nós vemos uma explosão monumental que levanta uma nuvem em formato de cogumelo semelhante à da capa da música “2 Minutes To Midnight”, representando a aniquilação total da humanidade rumo a um novo recomeço.[24]
Referências
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[2] 1976 / 1977 - https://www.setlist.fm/setlist/iron-maiden/1976/st-nicholas-hall-london-england-3db9ddb.html
https://www.rockbizz.com.br/iron-maiden-e-a-danca-das-cadeiras-com-suas-12-formacoes/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_membros_do_Iron_Maiden#CITEREFWall2004
[3] Eddie the Head - https://www.wikimetal.com.br/como-eddie-iron-maiden-nasceu/
https://en.esloganmagazine.com/iron-maiden-covers-derek-riggs/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eddie_the_Head
[4] Metal of Muthas https://en.wikipedia.org/wiki/Metal_for_Muthas
https://en.wikipedia.org/wiki/Iron_Maiden
[5] Álbum Irom Maiden https://en.wikipedia.org/wiki/Iron_Maiden
https://en.wikipedia.org/wiki/Iron_Maiden_(album)#/media/File:Iron_Maiden_(album)_cover.jpg
[6] Músicas - http://www.ironmaiden666.com.br/2012/05/historia-iron-maiden-1980.html
[7] Livro "Iron Maiden - A biografia não autorizada e definitiva da besta" - De Neil Daniels.
[8] Killers 1981 https://en.wikipedia.org/wiki/Iron_Maiden
https://igormiranda.com.br/2021/02/iron-maiden-killers-curiosidades/
[9] Músicas álbum Killers http://www.ironmaiden666.com.br/2012/06/historia-killers-1981.html
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[10] Álbum The Number of the Beast https://en.wikipedia.org/wiki/Iron_Maiden
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Day on the Green - 1982 https://twitter.com/thisdayinmaiden/status/1416470361705783302
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Série de Tv The Prisioner https://quadrinhopole.com/2017/07/25/the-prisioner-serie-de-tv/
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arte apresentada na descrição de Run to the Hills https://blog.editoracontexto.com.br/um-povo-dizimado-o-massacre-de-bear-river/
[11] Álbum - Piece of Mind
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informações da turnê https://www.mundometalbr.com/classicos-iron-maiden-powerslave-1984/
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[13] Álbum Somewhere in time https://en.wikipedia.org/wiki/Iron_Maiden
Referências escondidas https://www.wikimetal.com.br/as-referencias-escondidas-na-capa-do-album-somewhere-in-time-do-iron-maiden/
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[14] Álbum Seventh Son of a Seventh Son https://en.wikipedia.org/wiki/Iron_Maiden
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Monsters fo Rock 1988 https://whiplash.net/materias/biografias/288125-ironmaiden.html
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[15] Álbum No Prayer for the Dying https://en.wikipedia.org/wiki/Iron_Maiden
Janick Gears https://pt.wikipedia.org/wiki/Janick_Gers#/media/Ficheiro:Janick_Gers_@_Bluesfest_July_6_2010.jpg
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[16] Álbum Fear of the Dark https://en.wikipedia.org/wiki/Iron_Maiden
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[17] Álbum X factor http://www.ironmaidenbrasil.com.br/2016/11/iron-maiden-os-motivos-das-demissoes-na_16.html
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[19] Álbum Brave New World https://en.wikipedia.org/wiki/Brave_New_World_(Iron_Maiden_album)
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Lost in a Lost World https://whiplash.net/materias/news_726/335050-ironmaiden.html
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Referência The Time Machine https://www.ficcoeshumanas.com.br/post/resenha-a-m%C3%A1quina-do-tempo-de-h-g-wells
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Operação Dinamo https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/14/cultura/1500053479_230523.html
Operação Dinamo https://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_D%C3%ADnamo
The Parchment https://whiplash.net/materias/news_724/337196-ironmaiden.html
Hell on Earth https://whiplash.net/materias/news_726/335185-ironmaiden.html